Unifemm continua na luta por curso de medicina em Sete Lagoas
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Na última quinta-feira (28), o Centro Universitário de Sete Lagoas Unifemm divulgou nota de esclarecimento (veja aqui) sobre informações de que o Ministério da Educação (MEC) havia autorizado a abertura de curso de medicina em Sete Lagoas em outra instituição privada de ensino superior.
Esta discussão foi motivada pela recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de dar continuidade ao Edital 6/2014, referente à criação de vagas em cursos de medicina no programa Mais Médicos. O procedimento foi suspenso em 2015, diante da denúncia de irregularidades (veja aqui).
Em entrevista exclusiva ao SeteLagoas.com.br, o reitor da instituição, Antônio Fernandino de Castro Bahia Filho, explicou que o Unifemm foi habilitado na primeira fase do certame e desclassificado na segunda, quando foram avaliadas as condições econômico-financeiras. Nesta fase, candidatos que foram desclassificados no resultado anterior, se classificaram, sob a justificava do aparecimento de novos fatos.
Identificada a irregularidade, a instituição entrou com recurso administrativo no MEC. Outros candidatos também entraram com ação no TCU questionando o fato de os indicadores para avaliação das condições econômico-financeiras terem sido divulgados posteriormente ao lançamento do edital e da apresentação da proposta.
Com a decisão do TCU de dar continuidade ao processo, os recursos serão julgados no MEC e um novo resultado deve ser divulgado, cabendo a qualquer instituição que se sentir injustiçada recorrer administrativa e judicialmente. “O resultado do TCU não é declarando, em nenhum lugar, qualquer vencedor do certame, o que ele fez foi restabelecer o curso do processo que foi instaurado em 2014”, explica o reitor.
Sete Lagoas faz parte de um grupo de 39 municípios que concorrem a 2500 vagas no curso de medicina. Em ação conjunta do Unifemm com a Secretaria de Saúde e com o Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), foi preparado todo o processo para que se criasse as condições necessárias para ter o curso de medicina.
“Ao longo dos anos, o Unifemm se preparou para isso. Implantou curso de nutrição, enfermagem, educação física e biologia, que é área correlata. Montou laboratórios, a infraestrutura, fez um convênio com o HNSG, que abrange as residências médicas. O investimento que nós fizemos ao longo desses anos foi de mais de R$ 2,5 milhões”, disse Antônio Bahia.
O reitor acredita que o curso de medicina pode trazer para a cidade professores que são médicos, mas que não ficam somente na atividade de ensino, auxiliam também no atendimento, na formação de recursos humanos, na pesquisa, o que cria um ambiente propício para o desenvolvimento da medicina. “Ter o curso de medicina é, na realidade, a conjugação de todos os esforços que nós fizemos na área e pode significar também a redenção da saúde de Sete Lagoas, dada a importância que isso tem, podendo vir a ser um polo de referência e de geração de novas metodologias, cirurgias, pesquisas, formação de pessoas”, ressalta.
Bahia reafirma o interesse da instituição em continuar prestando o serviço que presta há 50 anos para a comunidade sete-lagoana, participando ativamente do desenvolvimento econômico, social, ambiental e cultural da cidade. “Mesmo que nós não tenhamos sucesso neste edital, nós vamos continuar lutando para ter um curso de medicina. A nossa disposição nisso é tão inabalável quanto a nossa presença em Sete Lagoas”, finaliza.
Por Marcelle Louise