A primeira foto que ilustra esta reportagem foi feita nessa quarta-feira, 07, no período da manhã, e enviada ao site por um usuário que só permitiu a publicação se seu nome fosse mantido em anonimato. A segunda foto, quase no mesmo ângulo, foi feita nesta quinta-feira, 08, e mostra os arbustos deitados depois que um paciente da Unidade Básica de Saúde, UBS, Dr. Carlos Afonso Viana, usando um facão de propriedade particular, “fez o serviço” cansado de esperar pela prefeitura.

Entrada da UBS antes da poda feita por um paciente / Foto: Você Repórter

“A gente já pediu para fazer a limpeza, mas a Codesel disse que vai limpar só quando estiver em outro serviço dentro do bairro”, lamenta uma funcionária da unidade que prefere não informar o nome. A situação foi denunciada por outro usuário da unidade que não aguentava mais ver o mato tomando conta da entrada do posto e atrapalhando a passagem dos pacientes.

Mato caído depois da ação do paciente / Foto: Marcelo Paiva

Em contato com a empresa responsável pela limpeza, fomos informados que para fazer o serviço, a secretaria municipal de Saúde precisa ter em vigência um convênio com a Codesel, o que não acontece atualmente. Mesmo com o acordo, ainda segundo a Codesel, é necessário que a secretaria de Saúde encaminhe um requerimento solicitando a limpeza do local.

Mato estava atrapalhando entrada de pacientes na unidade / Foto: Você Repórter

Um convênio parecido já existe entre Codesel e secretaria de Meio Ambiente. Nesse caso o acordo prevê apenas serviços em vias públicas e não dentro de imóveis como é o caso da UBS, que fica em um imóvel na Rua Itambacuri, 182, no bairro Interlagos II.

Entrada mais livre depois de trabalho de um paciente / Foto: Marcelo Paiva

Mesmo fora da presidência Codesel desde o início do ano, Magela Martins, garantiu à reportagem que acionaria a companhia para fazer o serviço nos próximos dias. A assessoria de imprensa da secretaria municipal de Saúde foi contatada para esclarecer a situação do convênio, mas até o fechamento desta reportagem não havia se posicionado.



Por Marcelo Paiva e Tatiane Guimarães