Representantes da Ferrovia centro Atlântica, FCA, se reuniram com o prefeito de Prudente de Morais esta semana para discutirem a situação da passagem de nível que divide a cidade. Vários pedidos já foram feitos, tanto pelo prefeito José Roberto, quanto pelos vereadores da cidade para uma solução já que vários trens param na passagem interrompendo o trânsito e impedindo até que ambulâncias conduzam os pacientes.

Composições param e atrapalham muito o trânsito em Prudente, reclamam moradores / Foto: Anderson Magalhães

O encontro aconteceu na terça-feira, 03, e a FCA foi representada pelo gerente geral de regulatório, institucional e comunicação, Flávio Henrique e pelo inspetor de tração da unidade de Prudente de Morais, João Vitor. De acordo com os executivos, no último ano a demanda de transporte dos terminais de carga das empresas da região aumentou muito, na mesma proporção que o volume de composições transitando na via férrea.

Para ajustar as interrupções no tráfego de veículos, a empresa informou que, nas últimas semanas, alterou alguns procedimentos para se ajustar as normas da Agência Nacional de Transportes Terrestre, ANTT. Uma das medidas determina que as interrupções das vias urbanas para passagem de composições ferroviárias não pode exceder os 15 minutos.

Até ambulâncias com pacientes já ficaram impedidas de seguir / Foto: Anderson Magalhães

O inspetor de tração, João Vitor, informou ainda que a troca da equipe da composição que vem da cidade de Corinto, agora está sendo feita antes da passagem de nível, desta forma não obstruindo a via, que é a única passagem para a região central de Prudente. Alguns procedimentos da empresa também serão transferidos para o pátio de manobra de Vespasiano que tem uma área maior que o pátio de Prudente.

A solução definitiva para que a via férrea possa conviver com o crescimento da cidade deve demorar mais alguns anos. A construção de um viaduto ou uma trincheira seria o ideal para acabar de vez com as paradas no trânsito.

Inicialmente seria destinada uma verba de aproximadamente R$ 20 milhões para essa obra. Os recursos viriam da indenização de aproximadamente R$ 780 milhões que a FCA tem que pagar ao Governo Federal pela devolução de trechos da malha ferroviária do país que não são rentáveis para empresa. Mas intervenções em Divinópolis e Itaúna estão na lista de prioridades.


Com informações de Anderson Magalhães