Por Marcelo Paiva (Assunção Paraguai)

Como diz o dito popular, Renato Arco Verde “juntou a fome com a vontade de comer”. Aproveitando as férias escolares do casal de filhos, o despachante decidiu assistir ao primeiro jogo da final da Copa Libertadores da América, aqui em Assunção, entre Olímpia e Atlético, nessa quarta-feira, 17, às 21h50 (horário de Brasília).

Mas dois detalhes transformaram a viajem de Renato e família em uma verdadeira aventura. O primeiro é que ele mora em Contagem e percorreu os pouco mais de dois mil quilômetros de carro. “Saímos de Contagem no sábado, 13, e chegamos ontem (segunda-feira, 15)”. O segundo e mais importante é que eles estão sem ingresso. 

Renato (de laranja) o casal de filhos, a esposa e dois atleticanos que conheceu em Assunção / Foto: Marcelo Paiva

“Já fui até a sede do Olímpia e me disseram que não tem. Todos os ingressos de visitante foram enviados para Belo Horizonte. Agora vamos para o hotel onde está a delegação do Atlético para ver se conseguimos”, diz o torcedor.

Se depender do presidente do Atlético, Alexandre Kalil, Renato e família terão mesmo que assistir a partida pela TV. O mandatário atleticano, assim que chegou a Assunção, foi abordado por outros torcedores, na porta do hotel, que também estão sem ingresso. “Não posso fazer nada, infelizmente não tenho. Se tivesse jogava pra vocês”, lamentou o presidente.

Todos os ingressos para o jogo já foram vendidos. Foram colocados à venda pouco mais de 40 mil bilhetes com preço médio de R$ 200, a torcida atleticana ficou com pouco mais de 1.800 bilhetes, também já esgotados.

Com relação ao jogo da volta, na próxima quarta-feira, 27, o presidente Kalil tentava marcar a partida para o estádio Independência, onde o time não perde há quase dois anos. Mas como o campo do Horto não tem capacidade para mais de 40 mil torcedores, como manda o regulamento, a finalíssima da Libertadores está confirmada o Mineirão.