Um desavisado que passa pela Praça Melo Viana, em frente ao Colégio Dom Silvério, aos domingos pela manhã, pensa na hora que há no espaço algum tipo de feira. Mas depois de se aproximar dos grupos que se formam a pessoa vai ver que o “produto” em negociação se trata de figurinhas do álbum da Copa do Mundo 2014.

Troca de figurinhas atrai colecionadores de várias idades, no centro / Foto; Marcelo Paiva

É uma verdadeira “luta” para conseguir o cromo que resta para completar alguma seleção ou até mesmo o álbum, até a tecnologia em aplicativos da fabricante do álbum é aliada para facilitar as trocas. Basta chegar na praça que alguém já pergunta “tem figurinha para trocar aí?” Aos poucos os grupos vão se formando e é fácil encontrar desde crianças de 10, 11 anos até senhores e senhoras que passam dos 60 anos de idade.

Munidos da relação dos cromos que faltam no álbum, os colecionadores começam a procura com quem está disposto a fazer a troca. “Aqui vale de tudo. Tem gente que está quase completando o álbum aí vende as figurinhas repetidas”, informa um colecionador enquanto procura algum cromo que ainda não tem.

Quem for com disposição de comprar os cromos que leve muita moeda para facilitar o troco porque cada figurinha custa R$ 0,20 no “mercado paralelo”. O dono da banca Dom Silvério comemora o ponto de troca e afirma que “não posso nem pensar em fechar no domingo. É o dia que mais vendo”, afirma ele enquanto conta dez pacotes pedidos por mais um cliente.

A partir das 8h a feira de figurinhas já começa a funcionar e até depois do meio dia ainda tem gente tentando negociar algum cromo. “É um barato isso aqui. É só chegar que as pessoas já te abordam perguntando sobre as figurinhas repetidas”, conta o aposentado Francisco Martins que tenta preencher o álbum da neta.

por Marcelo Paiva