Coincidência ou não, depois que cerca de 300 ciclistas subiram a Serra de Santa Helena para pedirem mais seguranças nas pedaladas, relembre AQUI, o número de crimes relacionados a bikers diminuiu na região. E nada melhor do que compartilhar a notícia nesta terça-feira, 19, data em que se comemora o “dia do Ciclista”.

Ciclistas estão mais tranquilos para pedalar no alto da serra / Foto: Esportes Livres

E melhor do que noticiar é atestar, através de quem sobe serra de bicicleta, que as ocorrências diminuíram. Pelo menos duas vezes por semana Lucas Leonardo Mendes pega a magrela para um passeio em um dos mais tradicionais pontos da cidade e garante que a Polícia Militar, PM, é encontrada com mais frequência no alto da serra.

“É bacana quando a gente sobe (a serra) e encontra uma viatura com giroflex ligado passando por nós ou já no topo. Estamos sentindo a presença policial que está inibindo aquela confusão que a gente via na serra. Aos poucos isso está diminuindo”, atesta Lucas que tem depoimentos de ciclistas de outros grupos que afirmaram sentir mais segurança na serra para pedalar.

O comando da PM não divulga uma estatística de roubos a ciclistas na cidade, mas garante que os registros diminuíram bastante. “O patrulhamento daquela região tem feito o policiamento preventivo na serra. Em alguns pontos da cidade existe essa recomendação para que haja o policiamento e o alto da serra é um deles”, explica a chefe do departamento de comunicação do 25° Batalhão, Capitão Danúbia.

Ainda de acordo com a oficial, quando todas as viaturas estão empenhadas em ocorrências a Patrulha de Prevenção Ativa, PPA, cobre a área. “A PPA não registra ocorrência, apenas faz o patrulhamento. Então, quando a guarnição do setor está empenhada o local continua patrulhado”, informa Cap. Danúbia que garante que Sete Lagoas tem conseguido frear a criminalidade. “Estamos conseguindo manter nossos índices abaixo dos 20% de crescimento apurado no Estado”.

Idealizador da pedalada, Max Tadeu, já pensa em outra estratégia para manter em baixa a onda de roubos a ciclistas. O esportista está desenvolvendo um selo que será afixado em lojas e oficinas especializadas com os dizeres “Peças roubadas. Nós não alimentamos esse mercado” para inibir o comércio de peças roubadas. “Se não houver a receptação não teremos roubos”, acredita Max que vê na campanha uma possível solução para o roubo de bicicletas na cidade.

por Marcelo Paiva