A solução para os problemas do Cruzeiro pode estar nos petrodólares vindo do mundo árabe. Em entrevista para a Rádio Super Notícia nesta sexta-feira, o conselheiro Vitorio Galinari, que foi administrador da sede campestre até o dia 23 de dezembro, afirmou que uma reunião com o representante de um xeique está bem encaminhada para que a parte do futebol do Cruzeiro seja administrada por terceiros. O grupo responsável pela compra assumiria todas as dívidas dos azuis, com clube social seguindo ativo.

Galinari saiu animado de encontro recente com representante do mundo árabe — Foto: Reprodução

"Se der lucro, o Cruzeiro tem 30% de participação. Se der prejuízo, a dívida fica com eles e o Cruzeiro começa do zero sem dívida alguma", afirmou Galinari. "É uma alternativa para sanear o clube, seria quase como uma empresa", concluiu o representante do grupo de cruzeirenses que ganhou o nome de 'Família União'.

Ainda na entrevista, Galinari afirmou que apostava suas fichas para reconstrução do Cruzeiro em Vittorio Medioli e Pedro Lourenço, que chegaram a encabeçar o Conselho Gestor. A dupla já deixou as funções que ocupava, deixando ainda mais dúvidas na torcida sobre o futuro do clube. "A maioria da Família União aprova mudança de estatuto do Cruzeiro, precisamos de uma pacificação", declara. Uma das mudanças no estatuto defendida por ele seria que Medioli se tornasse presidente do clube. No atual contexto, essa possibilidade não é possível, uma vez que o estatuto não permite que alguém que não seja conselheiro assuma o cargo maior do clube.

Galinari foi coordenador da campanha de Vágner Pires de Sá à presidência do clube e teve aumento de salário de R$ 7.400 em dois anos. "Ajudei a aumentar consideravelmente o número de sócios, não fiz mais do que minha obrigação", pontua.

Com O Tempo