Maior parte do elenco dos finalistas já vivenciou, por várias vezes, maior momento do torneio nacional; destaques ficam por conta de Serginho e Marcos Pacheco. Uma constelação dentro e fora das quadras e incontáveis títulos e finais de Superliga.

Sada Cruzeiro e Sesi-SP, finalistas da principal competição do país, que será decidida domingo, às 10h, no Mineirinho, possuem juntos quase duas dezenas de peças que já viveram, diversas vezes, o momento mais marcante do torneio. Chegar em uma final sempre desperta um sentimento diferente, mesmo que ele esteja se repetindo.

Sada Cruzeiro disputará sua quinta final seguida/Foto: Leo Fontes

A presença em tantas finais culminou em títulos inesquecíveis, que estão vivos na memória de que chegou ao lugar mais alto do pódio. Os números estão bem distribuídos dos dois lados, apesar da vantagem ser azul no total de finais e taças. "Apesar destes números estarem a nosso favor, isso não pode ser considerado uma vantagem para a final. Para os torcedores e mídia, isso conta mais porque deixa claro o peso dos times e a promessa de um grande duelo. Essa disputa em particular traz um gosto a mais para uma disputa que será decidida nos detalhes. O equilíbrio será grande, as equipes estão bem equiparadas", mostra o ponta Filipe.

Por mais que os retrospectos da dupla finalista não entrem em quadra, eles servem para exemplificar a longa trajetória de sucesso dos elencos, que contam com a presença de vários jogadores consideradas referências em suas posições. "Isso não entra muito em quadra, mas serve para mostrar que os dois times estão bem representados e que possuem larga experiência em decisões. Quem ganha mais com isso é o público, que verá um espetáculo de alto nível, recheado de jogadores acostumados a chegar neste momento tão esperado", comenta o central Lucão, do Sesi. O jogador da seleção brasileira é um dos mais vitoriosos dentro do time paulista, ficando atrás apenas do treinador Marcos Pacheco. 

Ao lado de Pacheco, está o líbero Serginho, do Sada Cruzeiro. Cada um já chegou em 11 finais de Superliga. A vantagem de Pacheco é maior quando o assunto são títulos. Nisso, ninguém pode detê-lo. Outros jogadores renomados, por uma vontade do destino, ainda buscam uma maior presença na decisão da Superliga. É o caso do ponta Lucarelli, considerado um dos maiores da sua posição ao redor do mundo, mas com apenas uma final no currículo, a do ano passado, quando o Sesi-SP caiu para o mesmo Sada Cruzeiro. "Não me incomodo com isso, ainda estou no começo de carreira e terei muito tempo para me aproximar de quem tem mais finais. Isso me motiva a buscar a vitória no domingo. Sou um cara competitivo e quero ganhar tudo que participo, pode ser no vôlei ou até no truco. Tem que ser assim sempre para ir além, sempre", analisa.

Sada Cruzeiro e Sesi-SP em finais de Superliga
Sada - 41 finais, 23 títulos
Éder - seis finais, cinco títulos
Isac - uma final, um título pelo Sada Cruzeiro na última temporada
Wallace - quatro finais pelo Sada Cruzeiro, dois títulos pelo time celeste
Filipe - seis finais de Superliga, três títulos, dois pelo Sada Cruzeiro
William - cinco finais pelo Sada Cruzeiro, três títulos (um pelo extinto Report Suzano, dois pelo Sada)
Leal - três finais pelo Sada Cruzeiro, dois títulos pelo time celeste
Serginho - 11 finais de Superliga, cinco títulos (três pelo Minas, dois pelo Sada Cruzeiro)
Marcelo Mendez - quatro finais pelo Sada Cruzeiro, dois títulos
Sesi - 34 finais, 20 títulos
Marcelinho - cinco finais, três títulos
Théo - três finais de Superliga, dois títulos
Lucão - cinco finais, quatro títulos
Riad - três finais, dois títulos
Lucarelli - uma final de Superliga, nenhum título
Murilo - duas finais de Superliga, um título
Serginho - duas finais de Superliga, um título
Marcos Pacheco - 11 finais de Superliga, sete títulos (três como técnico, quatro como assistente)

Da redação com Otempo