Câmeras de segurança de uma casa flagraram o momento em que um ladrão agride um homem a socos e ameaça uma idosa, de 71 anos, no bairro Jacy, em Campo Grande (MS). O caso aconteceu no dia 14 de setembro do ano passado, mas as imagens só foram divulgadas pela Polícia Civil nesta terça-feira (18).
Homem é espancado com socos e chutes após flagrar ladrão - Foto: Reprodução TV Globo
No dia do crime, o morador, de 46 anos, estava retornando de um passeio com seu cachorro quando, ao entrar na residência, se deparou com o ladrão furtando objetos. Ao perceber que havia sido descoberto, o ladrão exigiu que a vítima abrisse o portão para que ele pudesse fugir com os itens.
O dono da casa se negou e foi espancado com socos e chutes na cabeça, que fizeram com que ele ficasse desacordado.
A mãe da vítima, de 71 anos, ouviu os gritos e foi socorrer o filho. Ao se deparar com o bandido, ela foi ameaçada e obrigada a entregar o celular. Assustada, a idosa abriu o portão para o bandido, que fugiu levando vários objetos da residência.
Após investigações, a polícia identificou o ladrão e descobriu que ele era o autor de vários outros crimes similares na região.
De acordo com a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), o agressor foi identificado como Ermildo Veiga Martins Kaneshige, de 45 anos. Ele morreu três meses depois, no dia 27 de novembro, espancado até a morte, no Bairro Taquarussu. O suspeito pelo assassinato foi preso em flagrante.
A polícia continua trabalhando para identificar outros crimes praticados por Ermildo Veiga na região.
Com g1
Caseiro suspeito de matar mulher, enteada e fazendeiro é encontrado morto em presídio de Goiás
O caseiro Wanderson Mota Protácio, suspeito de matar a mulher grávida, a enteada e um fazendeiro, foi encontrado morto, nesta terça-feira (18), em uma cela do Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
Wanderson Mota Protácio, de 21 anos, durante depoimento em delegacia de Goiás — Foto: Polícia Civil/Divulgação
A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) disse em nota que abriu um procedimento interno para investigar a morte. O órgão informou que ele estava sozinho na cela. Quando ele foi preso, a juíza Aline Freitas da Silva havia decidido que ele ficasse em cela separada.
O g1 questionou ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), por e-mail, o que vai acontecer com os processos aos quais Wanderson Mota respondia e aguarda resposta.
Os servidores do local encontraram o preso desacordado durante o procedimento de entrega do desjejum, logo de manhã cedo, segundo a DGAP. A nota diz que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e atestou o óbito do detento, que estava pendurado com um lençol no pescoço.
Os crimes contra a esposa, a enteada e o fazendeiro aconteceram em 28 de novembro passado, em Corumbá de Goiás. A Polícia Civil apurou que ele matou, com golpes de faca, a mulher dele, Raniere Aranha Figueiró, que estava grávida, e a enteada Geysa Aranha, de 2 anos e nove meses, na casa onde moravam.
Depois, ele furtou um revólver e matou o fazendeiro Roberto Clemente, de 73 anos, que era vizinho e roubou caminhonete dele para fugir da cidade. A mulher de Roberto também foi baleada, mas sobreviveu. O nome dela não foi divulgado.
Wanderson Mota ficou seis dias foragido até uma fazendeira o convencer a se entregar à polícia.
O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, falou à época da prisão que o caseiro contou sobre a morte da esposa grávida, da enteada e do fazendeiro com tranquilidade e frieza.
“Falou que o motivo do crime da esposa foi uma discussão por causa de ciúmes de uma prima dele. Descartou aquela hipótese levantada da morte do fazendeiro ter sido por causa de ciúmes dele com ela. Ele realmente matou o idoso para pegar a caminhonete. Ele não consegue explicar a morte da criança, só disse que na hora da briga, ela [esposa] pegou uma faca, enfim, que a criança viu tudo, que ele ficou ‘cego’ e matou a criança também”, disse Miranda.
O caseiro confessou também outros crimes cometidos tanto em Goiás quanto em outros estados. Em depoimento à Justiça, ele riu quando foi questionado sobre a tentativa de matar a ex-mulher em 2019.
“Ele confirmou tudo, confirmou as mortes em Corumbá, confirmou a tentativa [de feminicídio], já tinha confirmado, tanto que chegou a ser preso na época, confirmou também o latrocínio lá em Minas Gerais e confirmou agora uma coisa que a gente só suspeitava, um homem que ele matou no Maranhão. É um criminoso contumaz”, completou o secretário.
Ranieri Aranha Figueiró
Ela tinha 21 anos, era casada com Wanderson e estava grávida. Ela foi morta a facadas dentro de casa. O secretário Rodney Miranda acredita que ela não sabia dos antecedentes criminais do companheiro.
"A Ranieri era uma pessoa muito alegre, não tinha o que falar dela. Muito alegre mesmo com a família, muito amorosa", disse Helena Aparecida de Figueiró, tia de Ranieri.
Geysa Aranha Figueiró
A menina de 2 anos e 9 meses era filha de Ranieri e enteada de Wanderson. Ela também foi morta com uma faca. O caseiro preso disse que a garota presenciou a morte da mãe.
Roberto Clemente de Matos
O fazendeiro tinha 73 anos e era conhecido do caseiro preso. De acordo com as investigações, após matar a esposa e enteada, Wanderson furtou uma arma na casa do patrão dele, foi até a casa de Roberto e atirou na cabeça dele.
Esposa do Roberto
A polícia informou que Wanderson tentou estuprar a mulher do fazendeiro morto. “Não conseguindo, atirou também contra ela, acertando seu ombro. Caída no chão, se fingiu de morta. Então ele pegou a caminhonete da vítima e fugiu”, diz o boletim de ocorrência.
A mulher sobreviveu, mas o nome dela não foi divulgado pela polícia.
Ex-mulher
Em 2019, Wanderson foi preso por tentar matar a ex-companheira a facadas, em Goianápolis. Durante o depoimento na época, ele disse que “estava muito bêbado e drogado” e parou de agredir a mulher porque a faca se quebrou em três pedaços.
Durante o interrogatório, ele chegou a rir ao ser questionado sobre a tentativa de matar a ex-companheira.
"Eu estava muito bêbado e drogado, não lembro de nada disso. Só lembro quando estava no local e quando a polícia chegou para me prender. Eu tava na casa de um amigo bebendo o dia todo", afirmou rindo em depoimento à Justiça de Goiás, em 8 de dezembro de 2019.
Maurício Lopes Mariano
O taxista tinha 26 anos e foi morto em novembro de 2020, em Serra do Salitre (MG). Ele foi contratado por quatro homens, entre eles Wanderson, para fazer uma corrida. Porém, durante o trajeto, ele foi assassinado e teve o corpo abandonado na zona rural.
Morte no Maranhão
Após ser preso neste sábado (4), Wanderson também confessou o assassinato de um homem no Maranhão. Ele, porém, não deu mais detalhes sobre o caso.