No programa desta sexta-feira (31), Cinésio Rocha (PT) e Marcelino Franco (NOVO) estrearam a rodada de entrevistas. O programa Passando a Limpo é uma parceria da Rádio Eldorado e do SeteLagoas.com.br, e iniciou nesta sexta uma série de entrevistas apresentando os candidatos à deputado estadual logrados na região de Sete Lagoas. Ao todo serão entrevistados 15 candidatos. Pela regra, serão dois candidatos por sexta-feira, sendo nas últimas semanas que antecedem ao Dia D, programas também veiculados às quintas-feiras para contemplar todos os nomes.

Primeiro Passando a Limpo edição especial eleições 2018 recebeu Cinésio Rocha (PT) e Marcelino Franco (NOVO) / Foto: Alan Junio

Confira um pouco do que rolou:

Cinésio Rocha, por que você é candidato a Deputado Estadual?

"Muitos me conhecem da comunicação, pela televisão, rádio, outros me conhecem da área jurídica, mas poucos me conhecem pela militância política. Milito pelo PT desde quando o Partido dos Trabalhadores chegou a Sete Lagoas. Nessa minha militância e minha afinidade com a esquerda vem de longa data. Entendi que nesse momento chegou a hora de participar dessa disputa eleitoral. Os meus colegas de partido entenderam que meu nome era um nome bom, de ficha limpa, por isso atendendo ado pedidos dos meus colegas, estou participando nessa campanha a deputado estadual" relatou o candidato.

Sobre o momento difícil pelo qual o PT passa, Cinesio afirma que esse não é um problema para sua campanha. Ele conta que em conversa com populares, ouve muitos afirmarem que não vota no partido, e sim na pessoa. Ele pontua ainda que muita coisa é colocada na conta do PT injustamente, e citou exemplo do Jean Wyllys que não é do PT e todos o julgam como petista, por ser da esquerda. Cinesio afirma que o fato de ter petistas processados, é algo relativamente normal, e como profissional de Direito pontua que ninguém deve estar acima das Leis. Com relação ao Presidente Lula estar preso, e pleiteando a presidência, ele diz que vê uma resistência, e uma manipulação grande, até mesmo por parte do judiciário.

A que veio o Cinésio candidato?

"É típico dos militantes do PT e da esquerda, lutar pela garantia de direitos, e nosso trabalho será nessa linha. O candidato com quem estamos trabalhando é o Patruz Ananias e algo que não se pode dizer é que ele tem algum problema relacionado a trambicagem. Ele conta ainda que a muito tempo ouve falar que Sete Lagoas tem vocação turística, mas que parece faltar vontade política para trabalhar esse setor. Pelo lado ambiental, me preocupa muito a situação sete-lagoana. Tempo atrás visitamos as lagoas catando lixo, pois as pessoas não têm o devido cuidado de onde descartam seus lixos e com isso a gente mostra para as pessoas que temos que cuidar desse lado, de nosso patrimônio. A questão da saúde vem de muito tempo necessitando de solução, e para tudo isso necessita vontade política para administrar esses problemas" afirma.

Sobre o Hospital Regional, o candidato pontua que não tem ciência do por que Sete Lagoas está desassistida com relação a sua conclusão, já que outros estão sendo concluídos pelo Governo do Estado. Ele pontua que a questão saúde é sempre problemática. O Hospital Nossa Senhora das Graças está sempre precisando de verba, sempre lutando, somos cientes que o SUS paga pouco, e saúde deve ser prioridade para o governo.

Sobre os presidenciáveis, ele diz que muita gente da população vê nas propostas do Bolsonaro afinidade com a violência combatendo a violência. Cinesio pontua que essa não é a solução, ele vê que se pudesse usar trabalhos forçados, talvez fosse válido, e deve-se usar todos os meios tecnológicos para capturar pessoas, mas sem abusos. A questão não se resolve apenas com a forca, pois é uma questão que passa pela educação e pela assistência. Vejo que existem diferenças de dificuldades: o Rico tem dificuldade em não ir para o exterior e fica e reclama que vai passar férias em uma praia no Nordeste. A dificuldade do pobre é ter três contas de água, ou de energia em atraso, é o medo do corte. Nossa função social é cuidar dessas pessoas desvalidas. Essas pessoas merecem cuidado especial.

Sobre o bolsa reclusão, ele afirma ser a favor, mas pontua que existe um equívoco quanto ao funcionamento. Não sou especialista na área, mas para ter o auxílio reclusão, é preciso ser contribuinte com a Previdência e o benefício não é para o preso, é para a família.

Em suas considerações finais, Cinésio usou o microfone para afirmar que como profissional do Direito que ser profissional para todos os que necessitam.

Marcelino Franco, por que você é candidato a Deputado Estadual?

"Por que hoje eu não confio em políticos mais, não confio em propostas mirabolantes, e fruto dessa indignação do povo brasileiro surgiu o NOVO que viu que não dava mais para continuar com linha que estava. O partido inicialmente pensou em ajudar outro partido que tivesse as mesmas ideias, mas viu que nenhum tinha os mesmos ideais que pregamos. Tomou-se forma e em 2015 foi fundado o partido e já nas eleições 2016 elegemos 4 vereadores eleitos que juntos já economizaram mais de 15 milhões de Reais, apenas abrindo mão de regalias" revelou.

Por ser um partido que começa agora, o que o NOVO pensa em costurar nas casas legislativas para administrar?

"Nossa coligação é com o cidadão, acho que dá para conversar com outros partidos, desde que os projetos sejam para a população. Não vejo problema nenhum em conversar desde que seja benéfico para a população. Algumas coisas não abriremos mão, como nosso compromisso em cortar privilégios" relata.

Você não teme que caso seja eleito, tenha projetos congelados?

"Imaginamos que numa votação para aumento do auxílio moradia tenha poucos votos do NOVO e maioria dos demais parlamentares, cabe a nós do NOVO levar ao povo o que nós propomos. Como exemplo, cito o fato de um candidato de Belo Horizonte, que abriu mão de benefícios e outros candidatos de outros partidos foram questionados pela imprensa do porque eles não abriram mão da mesma forma. Isso mostra que não somos como os políticos que abusam de verbas e auxílios usados com o dinheiro público" reponde o candidato.

Você não teme que no futuro perca parceiros político por ser tão radical, pontuando que aquele que conseguiu mais votos para você não terá um cargo em seu gabinete?

"Todos que conhecem a ideia do partido sabem que nossa proposta não é prometer ou pagar alguém para fazer campanha em seu favor. Quem está ajudando sabe que é uma proposta diferente de fazer política, de levar uma nova forma de governar em favor do povo" diz.

Sobre as verbas destinadas à campanha, Marcelino conta que a verba de campanha já foi devolvida aos cofres públicos. Quanto ao fundo partidário se a gente recusasse a recebê-lo ele iria ser distribuído para outros partidos. Ele está guardado e quando houver a possibilidade e uma forma de devolvê-lo dentro das normas da Lei iremos devolver.

Como proposta ele vê necessidade grande de melhorias na educação, trabalhando na educação básica. Sócio proprietário de uma escola de inglês em Pedro Leopoldo e acredita que a educação é a chave para solucionar problemas sociais no país.

"A não reprovação dos alunos é um dos fatores influenciadores da baixa qualidade na educação atual, temos também professores mal remunerados, com salários atrasados. É necessário oferecer melhorias, programas de capacitação aos professores e mudar também a forma de avaliação dos alunos. É preciso trabalhar mais na parte da metodologia de ensino, tornando a educação mais eficiente. É importante melhorar também a estrutura, os laboratórios de informática, usando mais a tecnologia, dentre outras necessidades" diz.

Sobre a segurança, Marcelino pontua que uma das saídas passa pela educação básica, e dentro do partido temos estudado os melhores exemplos no mundo. Propomos integração das polícias, não só no combate, mas também na investigação, ampliação do olho vivo, inclusive além dos limites do município nas como estradas rurais, são ações integradas necessárias para melhorar a questão da violência. Temos que equipar as polícias, mas não vejo o combate da violência com violência como uma solução.

Marcelino conta que nem 3% das fronteiras do Brasil são monitoradas, temos que melhorar bastante essa questão, com tecnologia, para talvez tentar segurar mais as entradas de drogas e contrabando no Brasil, trabalhando de forma mais efetiva contra o tráfico.

"Sobre o auxílio reclusão, existe uma distorção, mas da forma que acontece não sou a favor. Olhamos muito a questão dos Direitos Humanos para o preso e as vítimas não são vistas com o mesmo cuidado" afirma.

Na saúde ele pontua que ampliar o trabalho de prevenção é importante. Quanto ao Hospital Regional precisa haver uma parceria com iniciativa privada, ou até mesmo com uma faculdade, hospital escola, pois o Estado não tem como concluir e manter o hospital.

Em suas considerações finais, Marcelino reafirma o objetivo do NOVO em cortar benefícios dos políticos, por não considerar justo com o povo. "Precisamos levar eficiência para a gestão pública, cuidando da saúde, educação, infraestrutura. Convido as pessoas a conhecerem mais os projetos do Novo. Temos candidatos em todas as esferas" pontua. 

O Programa Passando a Limpo não acontecerá na próxima sexta-feira em função do feriado de 7 de setembro. Desta forma, a próxima edição acontecerá no dia 14, às 8h com os candidatos Ariadna Muniz (PRB) e Douglas Melo (MDB), de acordo com sorteio realizado.

O Programa é apresentado por Álvaro Vilaça e Wagner Oliveira. É transmitido ao vivo através da nossa fanpage nas sextas às 8h com reprise aos domingos à noite na Rádio Eldorado AM1300.

Assista na íntegra o Passando a Limpo de hoje AQUI.

Da Redação Com Portal Sete