A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, no dia 25 de janeiro, o inquérito que investigou a morte de um motorista de aplicativo, ocorrida no réveillon, na madrugada do dia 1º de janeiro em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Dois suspeitos de 18 e 19 anos foram presos preventivamente. O mais velho confessou o crime aos policiais.

Foto: Arquivo pessoal

As investigações foram realizadas pela Delegacia de Polícia Civil em Vespasiano e detalhadas, na tarde desta segunda-feira (1), durante entrevista coletiva.

Segundo o delegado Thiago Araújo, as investigações, que duraram 20 dias, mostraram que o suspeito de 18 anos usou o celular da mãe dele para chamar o motorista no aplicativo. A corrida teve origem no bairro Novo Horizonte com destino a Nova York, bairros vizinhos em Vespasiano. "Eles queriam praticar um assalto na virada do ano"

"Eles decidiram praticar o assalto, levaram celular da vítima, alguns objetos, certa quantia em dinheiro e o carro. Um dos suspeitos decidiu matar o motorista com a justificativa de que não queria voltar para a cadeia. Supondo que a vítima poderia reconhecê-los posteriormente na polícia, ele matou o motorista com golpes de faca", disse o delegado.

O corpo de Anderson Coelho Alves, de 27 anos, foi encontrado no dia 2 de janeiro ao lado do carro dele. Segundo o delegado, os suspeitos finalizaram a corrida, mas o GPS continuou ligado e, por isso, os policiais conseguiram encontrar o corpo e o veículo.

O delegado Thiago Araújo contou que a vítima foi "brutalmente" assassinada.

"O corpo estava em um local de depósito de lixo, uma região abandonada. A vítima estava com as mãos amarradas com fio de carregador celular, as pernas amarradas com a própria calça que ele usava. Havia um corte profundo no pescoço e os olhos dele foram perfurados. Uma barbárie absurda", disse Thiago Araújo.

O delegado ainda disse que a vítima não tinha passagem pela polícia. "A motivação de vingança foi descartada". Já os dos dois suspeitos tinham registros policiais por tráfico de drogas, roubos e um deles, por homicídio.

Com Portal G1