O Governo de Minas afirmou nesta quarta-feira (04) que vai nomear ao menos 3 mil profissionais aprovados em concurso público do estado na área de Educação. O anuncio veio após pessoas que foram aprovadas em concursos cobrarem a nomeação para cargos que atualmente são ocupados por profissionais temporários.

 Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG

Em audiência pública na Comissão de Educação Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa nesta quarta, deputados e representantes de profissionais da educação estadual questionaram o Governo sobre o cronograma de nomeações. Segundo a Comissão, atualmente há 113 mil contratos temporários na educação e 30 mil vagas abertas na área.

Os representantes cobram que os cargos sejam ocupados por concursados que aguardam nomeação. O chamamento estaria interrompido por causa da pandemia.

De acordo com a Subsecretária de Gestão de Recursos Humanos do Governo de Minas, Ana Costa, há interesse do estado em fazer a nomeação. “Nós concordamos com a informação de há um número grande de convocados ou de contratados em casos vagos necessitando substituição, e daí esse interesse do estado em promover, dentro de suas possibilidades efetivamente, as nomeações para suprir este quantitativo” explicou.

A subsecretária também detalhou possíveis nomeações de milhares de concursados que aguardam nomeação. “Primeira quinzena de setembro, outubro e novembro esgotando as 8 mil acordadas. Não trabalhar ainda com novos lotes este ano, mas com perspectiva para o início do próximo ano” afirmou.

Segundo a presidente Comissão de Educação Ciência e Tecnologia, deputada Beatriz Cerqueira (PT), questionou o atraso na nomeação. “Não é possível num universo que nós temos 113 mil contratos temporários e sabidamente mais de 30 mil cargos vagos na educação, o estado não ter logística para nomear e, sabendo da sua dificuldade de logística, não ter feito nada em 3 anos para melhorar. Concursos estão sendo anunciados em outras áreas e nomeações foram feitas em outras áreas durante a pandemia” cobrou.

Já a coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas (Sind-UTE/MG), Denise Romano, disse que falta esforço do Governo para que haja nomeações. “É uma novela que não tem fim. Nós já estivemos neste mesmo lugares em outras situações e é fundamental que a nossa categoria seja nomeada” finalizou.

Com Itatiaia