Uma mulher de 37 anos foi encontrada morta na tarde do último sábado (28) na casa onde morava no bairro Madre Gertrudes, na região Oeste de Belo Horizonte. A vítima apresentava sinais de violência, estava parcialmente sem roupas e o corpo já estava em avançado estado de putrefação.

Foto: Reprodução Internet

Segundo a Polícia Militar (PM), a vítima foi encontrada por um vizinho e amigo, que teria chamado por ela várias vezes sem sucesso. Ele então teria ido até o dono do imóvel, que era alugado, e com uma chave reserva que ele mantém, abriram a casa e encontraram a mulher sem vida sobre a cama.

A perícia constatou que a vítima estava morta há pelo menos três dias, e apresentava sinais de violência como escoriações no rosto e braços e marcas no pulso. Mas, não foi possível apontar a causa da morte, que deve ser esclarecida somente após a autópsia.

Em contato com o vizinho que encontrou a vítima morta, a PM foi informada de que o ex-companheiro da mulher foi visto nas imediações de sua casa na última segunda-feira (23) e que teria dito que estaria indo conversar com ela após ter descoberto uma suposta traição sua.

Outro vizinho que mora no mesmo terreno da casa da vítima disse aos policiais que na manhã de terça-feira ele ouviu a vítima gritar: “Me solta, está me machucando”. Mas, em seguida, não ouviu mais nada e pensou se tratar apenas de uma briga de casal.

A partir dessas informações, a PM chegou até a casa da mãe do autor, em Contagem, na Grande BH, onde ele estaria morando desde que se separou da vítima. Ele negou o crime e disse que eles já haviam terminado o relacionamento há um mês, depois que ele descobriu uma traição dela, tendo voltado para a casa de sua mãe.

Disse ainda que esteve com ela pela última vez no dia 19 de agosto, quando ela disse que teria machucado a perna e pediu que ele a acompanhasse até a Unidade de Pronto-Atendimento da Barão Homem de Melo. Mas, havia muita gente aguardando atendimento e a mulher teria desistido, e eles foram juntos para a casa dela.

Ele foi encaminhado para a Delegacia de Plantão de Contagem, mas até o fechamento desta matéria a ocorrência não havia sido encerrada, e não se sabe se ele teve voz de prisão dada pelo delegado de plantão.

Outras ocorrências

Em abril e maio deste ano, a vítima teria acionado a PM porque estaria sendo perseguida e ameaçada pelo ex-companheiro. Em uma das ocorrências, ela relatou que ele era usuário de cocaína, estaria desempregado e era muito ciumento, de modo que ia todo dia até o seu trabalho para se certificar de que ela estava lá.

Ela também relatou que ele disse por mais de uma vez que a mataria, e que perseguiria os filhos dela. E que, em um determinado dia, ele a seguiu no centro da capital, onde ela trabalhava, e ela precisou se refugiar em uma loja até que ele sumisse e ela pudesse seguir para seu local de trabalho.

Em razão dessas ocorrências e das ameaças constantes, a vítima estava sendo acompanhada pela patrulha de prevenção a violência doméstica.

Da Redação com OTempo