Nova Variante da COVID: conheça a origem da cepa Mu que tem preocupado pesquisadores e que já foi encontrada em pacientes mineiros
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Além de assustar o mundo por ser mais resistente às imunizações, a nova variante do coronavírus - definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como Mu - tem gerado dúvidas e até brincadeiras sobre as razões de seu nome.
Com as notícias sobre os casos de "vaca louca", não faltaram brincadeiras com o mugido desses animais. Mas a explicação é simples e tem relação com as demais variantes já detectadas.
Como a Delta, outra cepa que acelerado o número de casos no planeta, Mu nada mais do que uma letra do alfabeto grego. Enquanto a delta é a quarta letra, Mu aparece como a 12ª de um total de 24.
O alfabeto grego surgiu em meados do século VIII a.C, tendo sua origem atribuída por Heródoto aos fenícios. Atualmente elas são muito utilizadas na linguagem científica e matemática.
Se o coronavírus continuar se espalhando e resultando em novas variantes, é muito provável que seja batizado com outros nomes, como Pi, Rô, Sigma, Tau e Fi.
É provável que Minas já tenha transmissão comunitária da variante Mu do coronavírus, diz secretário
Minas já pode ter casos de transmissão comunitária da variante Mu do coronavírus. A informação foi divulgada pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, durante entrevista coletiva realizada no início da tarde desta terça-feira (14), em Belo Horizonte.
Segundo o titular da pasta, é “provável” que o Estado confirme a circulação comunitária da cepa, mas ainda é preciso uma análise com contatos de cada um dos pacientes positivos.
Em Minas, até o momento, sete pessoas foram contaminadas pela mutação identificada inicialmente na Colômbia. São três de Virginópolis e duas de Guanhães, na região Leste. Na última atualização, foram incluídos dois moradores de Braúnas, no Vale do Rio Doce.
Delta preocupa mais
A variante Delta da Covid-19 se espalha cada vez mais por Minas Gerais. Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), 394 amostras foram identificadas como a mutação originária na Índia até esta terça (14). Até a semana passada, eram 261 ocorrências da cepa no território mineiro, representando um aumento de 50%.
“A Mu tem uma mutação conhecida, que realmente aumenta a transmissibilidade, mas o ponto importante para dizer disso é que o tipo de mutação dela é menos importante que a Delta. Então, a nossa atenção está muito mais na Delta pelo volume de crescimento e tipo de mutação que ela tem”, disse o secretário.
O “aumento exponencial”, como classificou o secretário de Estado de Saúde, preocupa, e pode fazer com que o número de positivos para a cepa ultrapasse o da variante Gama.
“Ainda se destaca a Gama, que continua sendo, dentro dos estudos nas semanas epidemiológicas, a principal identificada. Mas a Delta vem crescendo. A expectativa é de que a Delta chegue na proporção e até ultrapasse, como aconteceu em outros lugares no mundo. Vemos que a cada semana, a gente quase que dobra o número de Delta. Então chegaria entre duas e três semanas”, concluiu.
Com Hoje em Dia