Os incêndios que vêm castigando Minas Gerais nos últimos dias podem trazer grave desequilíbrio ambiental. Além da perda de grande parte da vegetação local, os animais estão sofrendo com o risco de ficar sem o habitat, alimento e até perder a própria vida.

Foto: Reprodução/TV Globo

As aves do Parque Estadual do Itacolomi, em Ouro Preto, na Região Central do estado, sobrevoavam desorientadas a área queimada nesta terça-feira (21).

"Queimou-se o ninho onde elas estavam ali chocando", fala a gestora do parque, Maria Lúcia Cristo. Os incêndios que assolam o estado ameaçam também a fauna e trazem mais um desequilíbrio para o meio ambiente porque tem animal buscando refúgio na cidade.

O aposentado José Antônio Gonçalves é apaixonado por passarinhos e percebeu uma revoada diferente no bairro Serra Verde, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, depois do incêndio no Parque Estadual Serra Verde, duas semanas atrás.

Ele improvisou um cocho em uma árvore e está oferecendo todos os dias um banquete para os sanhaços, bem-te-vis e pombas-troncais, que até escolheram o local para fazer ninho.

Mas, enquanto as aves têm mais facilidade para escapar, répteis, anfíbios e mamíferos não têm a mesma agilidade.

"Fica um impacto muito grande principalmente naqueles animais menores, que são aqueles animais da base da cadeia alimentar que, depois que o fogo passa, há um desequilíbrio dessa cadeia alimentar (...)", destaca o médico veterinário do Instituto Estadual de Florestas Thiago Stheling.

A preocupação aumenta porque essa é a época de reprodução de varias espécies – tem muito ninho e filhotes sendo queimados. O Centro de Triagem de Animais Silvestres do Instituto Estadual de Florestas (IEF) recebeu 16 animais queimados nesta temporada de fogo – seis morreram.

Com Portal g1