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Com redução do intervalo para 5 meses, MG tem 1 milhão de pessoas aptas a receber dose de reforço contra Covid neste mês

Com a redução do intervalo para aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19, de seis para cinco meses, e a decisão do Ministério da Saúde de aplicar a dose adicional em todos os adultos, 1 milhão de mineiros já estão aptos a receber o imunizante neste mês.

Foto: TV GloboFoto: TV Globo

O número inclui idosos que tomaram a vacina da AstraZeneca, que tem um intervalo maior entre a primeira e a segunda dose, e parte dos adultos dos primeiros grupos prioritários a serem vacinados.

"Tivemos indígenas, quilombolas, trabalhadores da segurança pública e das indústrias que tomaram vacinas lá atrás e são adultos e começam agora a entrar dentro desse grupo elegível para tomar o reforço", afirmou o secretário de estado de Saúde, Fábio Baccheretti, em entrevista exclusiva à TV Globo.

Segundo ele, cerca de 1,5 milhão de mineiros já tomaram a dose de reforço, entre idosos, imunossuprimidos e trabalhadores da saúde.

De acordo com Baccheretti, o estado espera apenas receber uma nota técnica do Ministério da Saúde, oficializando a ampliação da dose de reforço para todas as pessoas com idade a partir de 18 anos, para emitir a nova recomendação aos municípios mineiros.

A Prefeitura de Belo Horizonte também já disse que segue as orientações do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde, e aguarda o comunicado oficial e a chegada de novas remessas de vacinas.

Na entrevista exclusiva, o secretário também esclareceu dúvidas sobre a aplicação da dose adicional e falou sobre a importância de as pessoas que estão com a segunda dose da vacina atrasada buscarem os postos.

Um levantamento do Ministério da Saúde mostra que Minas Gerais é o segundo estado com mais habitantes em atraso, atrás apenas de São Paulo: são 2,2 milhões.

Veja a entrevista na íntegra a seguir.

Secretário, o governo federal anunciou que a dose de reforço agora é para todos os adultos. Até essa presente entrevista, temos um posicionamento do governo de Minas dizendo que aguarda orientações da esfera federal sobre esse assunto. Alguma novidade?

É importante a gente ter essa definição do Ministério da Saúde, havia essa expectativa realmente de como é o esquema vacinal da Covid. A gente já sabia do reforço para os idosos, trabalhadores da saúde e imunossuprimidos, e agora o Ministério da Saúde define que qualquer adulto precisa do reforço para se completar o esquema vacinal.

Diante disso, iremos cumprir essa determinação do Ministério da Saúde, iremos encaminhar as notas técnicas da Secretaria para os municípios adicionarem todos os grupos, respeitando a cronologia. São cinco meses após a segunda dose ou dose única.

Temos aptos para vacinação já com cinco meses cerca de 2,5 milhões de mineiros, e já vacinamos 1,5 milhão, então temos mais 1 milhão de mineiros a serem incluídos já neste mês de novembro, que já estão aptos a tomar o reforço.

A gente não pode acompanhar apenas a idade, porque tem a ver também com qual vacina foi dada a primeira e segunda doses. Por isso, sempre vamos ter jovens e idosos tomando vacina de reforço concomitantemente, porque tomaram de laboratórios diferentes.

(A aplicação da dose de reforço) vai seguir também uma prioridade?

O critério agora é cronológico. No Programa Nacional de Imunizações (PNI), a gente teve, no começo, vários grupos prioritários, tivemos portadores de comorbidades, trabalhadores da segurança pública, esses critérios foram realizados lá atrás e obviamente irão acompanhar no reforço, porque quem tomou primeiro a dose vai tomar o reforço primeiro. Neste momento, iremos seguir a cronologia, e não mais grupo prioritário.

O importante é que agora seguiremos a cronologia. Quem já completou cinco meses da segunda dose ou dose única está apto a receber a dose de reforço.

Mas temos que lembrar que os riscos sempre são maiores para os idosos, então a recomendação que a Secretaria vai fazer aos municípios – apesar de estarmos recebendo muitas vacinas, recebemos nessa semana mais 600 mil doses de Pfizer – é que temos que dar reforço, mas lembrando que os idosos sempre são mais vulneráveis do que os jovens.

Nossa recomendação aos municípios será, caso não tenha vacina suficiente no momento para vacinar todo o grupo que completou cinco meses, vamos priorizar os mais idosos.

A partir de quando os municípios que já cumpriram todo o reforço para idosos já podem começar a convocar os próximos grupos para a dose de reforço?

Será imediato. Iremos soltar a nota seguindo a recomendação, estamos esperando essa notificação oficial do Ministério da Saúde, e assim que recebermos essa nota técnica do Ministério da Saúde iremos emitir de imediato aos municípios essa nova orientação.

Temos muitas doses a receber até o final do ano, vejo como um aspecto positivo essa decisão, temos que lembrar também que temos que vacinar de forma heteróloga. Quem tomou a vacina da Coronavac vai poder tomar Pfizer, AstraZeneca ou Janssen. Quem tomou AstraZeneca ou Janssen terá que tomar Pfizer. Quem tomou vacina da Pfizer terá que tomar AstraZeneca ou Janssen. Ou seja, vamos separar em três grupos.

Tem estudos que mostram que a gente tem que vacinar o reforço com (uma vacina de) plataforma diferente. Isso é muito importante também para quando chegar a hora de cada um tomar o reforço não estranhar que está tomando uma dose diferente daquela que tomou no início da vacinação.

A recomendação do governo federal é de que quem tomou a Janssen vai receber dose do mesmo imunizante no prazo mínimo de dois meses. Procede?

Esse ponto da Janssen causou muita estranheza para todas as secretarias estaduais, e acredito que haja uma retificação desse dado. A gente estranhou essa recomendação, porque até então a Janssen ainda é de dose única.

Se a Janssen for em duas doses, a pessoa vai tomar a segunda dose do mesmo laboratório, mas o reforço, a terceira aplicação, será de um laboratório diferente.

Isso nos causou estranheza, porque não vimos nenhum outro país fazer segunda dose da Janssen. Caso seja realmente necessário segunda dose, terá que ser feita do mesmo laboratório, mas o reforço, cinco meses depois, tem que ser por Pfizer.

Esse comunicado oficial do governo federal ainda não chegou. O senhor estima que chegue hoje ou amanhã? É necessário aguardar a Anvisa?

As notas técnicas vêm do Ministério da Saúde, não da Anvisa. Obviamente, é recomendado que a Anvisa, como órgão de controle, seja ouvida da parte técnica, acredito que isso vai acontecer. Não são todos os países que ampliaram o reforço para toda a população, Estados Unidos não ampliaram, a maioria dos países ampliou até 50 anos. É uma decisão do Ministério da Saúde. Como ele nos fornece a vacina, vamos seguir a recomendação.

Mas a nota técnica deve chegar nesta semana, eu acredito que eles irão alinhar isso com a Anvisa antes de nos enviar. E, assim que enviarem a nota técnica que nos garante que a vacina vai vir para esse público, vamos emitir nossa nota técnica com as recomendações detalhadas, a gente espera esse detalhamento ainda do Ministério da Saúde em relação à vacinação de reforço.

Minas Gerais é o segundo estado com maior número de pessoas com segunda dose em atraso. O que o governo tem a dizer sobre isso e quais os trabalhos para reverter essa situação?

Realmente, São Paulo é o primeiro, Minas Gerais é o segundo. É normal por serem os dois estados com maior população. A proporcionalidade de atraso na segunda dose é muito parecida no país. A gente vem fazendo campanhas para as pessoas buscarem a segunda dose.

Temos um outro problema em Minas por termos 853 municípios, é o maior estado em municípios, e esse lançamento de dados é manual pelos municípios, muitos não priorizam o lançamento do dado, a gente sempre tem essa defasagem.

Nós vamos seguindo com essas campanhas. É muito importante aproveitar o momento para falar a todo mundo: a imunização só acontece com duas doses, tirando a Janssen. Quem não tomou a vacina busque o posto de saúde para que a gente consiga garantir essa imunização individual e coletiva.

Betim lançou o "vacimóvel", veículo equipado com uma sala de vacina que vai percorrer a cidade. Existe a possibilidade de ampliar isso para o estado?

Toda estratégia de ampliar a vacinação o estado vai ajudar. A vacinação, a operacionalização dela, é do município. O estado dá todo o apoio, mandamos muitos recursos financeiros para a ampliação de vacinação, para que consigam contratar pessoas e usar estratégias como essa, temos que chegar mais perto da população e garantir essa imunização.

Com Portal g1



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