Em meio à pandemia da Covid-19, Minas Gerais vive uma explosão de casos de dengue no início deste ano. São 10.322 casos prováveis de dengue no estado, sendo 3.885 casos e uma morte já confirmados. Outros seis óbitos estão em investigação.

 Foto ilustrativa/Reprodução: Internet

Na capital mineira, foram confirmados, até o dia 17 de março, 111 casos de dengue. Outras 825 notificações aguardam resultados. Já o número de casos investigados e descartados chega a 820.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de casos de dengue no Brasil cresceu 43% nos primeiros meses do ano. Entre 2 de janeiro e 12 de março, foram 161.605 notificações de prováveis infectados, com incidência de 75,8 a cada 100 mil habitantes.

Veja dados da dengue em outras regiões de Minas

Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba

Em Uberlândia, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, são 214 casos prováveis de dengue registrados desde janeiro até o dia 15 deste mês. No mesmo período, as cidades do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba que mais confirmaram casos da doença são Uberaba, com 271 notificações, e Patos de Minas, com 230.

Contudo, os municípios com menos habitantes também têm chamado a atenção: em Itapagipe, 203 casos já estão confirmados. Em Frutal, são 199 notificações. Grupiara soma 132 notificações, Ituiutaba, 91, e Araguari, 56.

Norte de Minas

Das 89 cidades do Norte de Minas, 52 têm casos prováveis de dengue. Em Espinosa, onde foi registrada a primeira morte pela doença (paciente de 56 anos) em Minas, em janeiro deste ano, são 488 casos prováveis, seguido por Janaúba, com 337, Montes Claros, com 307, e Riacho dos Machados, com 197.

A região também atestou a primeira morte por dengue hemorrágica no estado: a vítima foi o prefeito de Rubelita, Osvan Otávio David Miranda, de 59 anos, na última segunda-feira (21). Em Montes Claros, foram notificados 959 casos de dengue, sendo 36 confirmados e 567 negativos. Há um óbito em investigação.

Zona da Mata

Ubá contabiliza o maior número de casos de dengue na região, com 48 registros. O primeiro Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa) de 2022 apontou resultado de alto risco, equivalente a 11,9%, já que o ideal seria 1%.

Caso semelhante ocorre em Manhuaçu, com 42 casos de dengue. A cidade também apresentou o LIRAa deste ano com alto risco, de 6,6%. Outros municípios que confirmaram casos de dengue são Cataguases, com 14, Ponte Nova, com oito, Muriaé, com cinco, e Carangola e Juiz de Fora, com três registros cada.

Sul de Minas

Em Passos, 68 pessoas tiveram dengue este ano. Baependi também se destaca negativamente. Com cerca de 20 mil habitantes, teve 64 casos. São Sebastião do Paraíso registrou 42 casos e, em Capitólio, além de 36 casos de dengue, houve duas mortes pela doença.

Varginha tem apenas três casos confirmados no relatório oficial da Secretaria de Estado de Saúde desde o início de 2022. Em Pouso Alegre, foram quatro casos. Poços de Caldas não registrou casos da doença.

Vale do Aço e Vale do Rio Doce

Maior cidade da região, Ipatinga contabiliza 178 casos de dengue, 17 de chikungunya e dois de zika vírus. Timóteo apresentou um número de 58 notificações, três de chikungunya e não há registros de zika vírus. Em Coronel Fabriciano, os casos de dengue chegaram a 52, 17 de chikungunya e nenhum de zika vírus.

Na Região Metropolitana do Vale do Aço, não houve mortes pelas doenças.

Região dos Inconfidentes

Ouro Preto tem apenas um caso de dengue positivo. Trata-se de um caso de dengue hemorrágica autóctone, que é quando o paciente se contamina em outro município e apresenta sintomas na cidade em que vive. A Vigilância em Saúde de Ouro Preto realiza propostas no combate à dengue. Dentre elas, o teste rápido, previsto para chegar nos próximos 30 dias e ficará disponível em todas as unidades de saúde.

Com Itatiaia