Operação Escobar: Polícia Federal combate corrupção dentro da própria corporação
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A Polícia Federal (PF) cumpre mandados de prisão preventiva e temporária e busca e apreensão a escritórios de advogados envolvidos em esquemas de corrupção e contra agentes da própria corporação, na manhã desta quarta-feira (5).
Todos são investigados por corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, obstrução da justiça e violação de sigilo. Dois advogados teriam sido presos durante a ação, assim como dois policiais federais. Estes são suspeitos de retirar documentos sigilosos do sistema da própria PF e vazá-los. A informação é do "G1".
Nomeada operação Escobar, a ação teve início quando investigações apontaram que documentos sigilosos e internos da operação Capitu foram encontrados na casa de investigados, em dezembro de 2018.
À época da operação Capitu, uma organização criminosa que atuava na Câmara dos Deputados e no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) foi desarticulada.
Ainda segundo o "G1", Andrea Neves, irmã do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) teria guardado as informações vazadas em sua residência. Ela foi intimada a prestar declarações e deve se apresentar na sede da PF no Rio de Janeiro.
Com isso, a Polícia Federal constatou que advogados teriam cooptado servidores da corporação para obter, de forma ilegal, acesso a informações sigilosas ligadas a investigações em andamento. Com acesso privilegiado a essas informações, os advogados ofereciam facilidades ilegais a seus clientes.
Em nota enviada a O TEMPO, a PF, por meio de sua assessoria, informou que "a repreensão contra atos de servidores do órgão policial causa desconforto aos investigadores e a toda a instituição". No entanto, "é essencial para a manutenção da lisura e do compromisso que a Polícia Federal tem de servir à sociedade brasileira", afirmou.
Com O Tempo