A investigação entre Goiânia e Brasília, que ficou conhecida como Caso Pedrinho, teve um desfecho principal em 2003, com a prisão de Vilma Martins Costa, pelo roubo do bebê Pedro Rosalino Braule Pinto, numa maternidade da capital do país, em 1986. O imbróglio que mobilizou a mídia nacional foi acompanhado desde o princípio e mesmo depois de 2003, pelo jornalista Renato Alves, que acaba de lançar o livro “O Caso Pedrinho” da editora Geração Editorial. 




Publicado em formato de livro-reportagem, Alves conta que decidiu escrever a obra ao rever o extenso material que possuía em mãos após 12 anos de cobertura. “A história em si já é muito forte, nenhum roteirista conseguiria escrevê-la como uma ficção e eu vi a oportunidade de reunir tudo em uma grande reportagem para um livro” diz ele, que é mineiro de Sete Lagoas e fez a cobertura para o jornal “Correio Braziliense”, onde trabalha. 

O subtítulo do volume sintetiza o conteúdo: “A emocionante história dos pais em busca do filho desaparecido por dezesseis anos e os bastidores da investigação policial e da cobertura jornalística”. Mas Renato Alves evitou o tom emocional a que se refere o subtítulo, se prende a narrar os acontecimentos, os bastidores e fatos correlatos, como um recorte na cena política e policial de Brasília, além de se colocar no texto como um repórter em início de carreira enfrentando uma grande cobertura nacional. 

“Por isso o livro, além do interesse geral, tem despertado a atenção da área da comunicação, ao tratar também dos dilemas da profissão”, explica Alves, que tem sido convidado para falar sobre o tema em escolas de jornalismo e ainda em ONGs que lidam com vítimas da violência, uma vez que a obra traz, no conjunto, uma história de fé e esperança. 
A publicação está nas livrarias -304 págs., R$ 39,90 - e também em e-book no valor de R$ 19,90. 

Com O Tempo