A uma semana do início das aulas muitos pais ainda não compraram o material escolar dos filhos. Com lista nas mãos e o orçamento apertado por causa das despesas de janeiro, muita gente deixou para correr atrás dos preços nesta segunda-feira, 27. As papelarias estavam cheias e os comerciantes esperam incremento de até 100% nas vendas em relação ao período normal.

Preço do material escolar pode variar até 200% na cidade, mostra pesquisa / Foto: Marcelo Paiva

Com a lista de material pedida pela escola em um mão e pesquisa de preços de locais diferentes na outra, Ana Carolina Raposo, contabiliza um gasto de cerca de R$ 350 com as despesas escolares dos filhos de quatro e 13 anos. “Não tem outro jeito tem que pesquisar mesmo”, avalia.

Para que os gastos não fujam do orçamento, ela explica que a melhor tática ainda é a de não levar os filhos quando sair para pesquisar. “Se não influencia na hora da compra porque vão querer só material de personagem”, detalha.

Ana Carolina, de costas, compara pesquisa que fez antes de comprar os materiais / Foto: Marcelo Paiva

O temor de Ana Carolina é justificado quando o preço do caderno de 96 folhas é pesquisado. Uma peça sem personagem, mas de capa dura sai a R$ 3,40. O mesmo caderno com as mesmas especificações, mas de um personagem famoso chega a custar R$ 14.

O Núcleo de Estudos Econômicos e Sociais, NEES, do Centro Universitário de Sete Lagoas, divulgou recentemente uma pesquisa que apontou uma variação de até 200% no preço do material escolar. A maior diferença encontrada foi a do giz de cera com 12 cores, um dos itens mais pedidos. O produto, da mesma marca, foi encontrado com o menor preço a R$1,80 e o maior a R$5,50 uma diferença de 205%.

Clique AQUI para ver a pesquisa completa realizada pelo NEES.



Por Marcelo Paiva