No último sábado, 14, quatro caixas eletrônicos foram alvos de criminosos em Belo Horizonte e região. Uma agência foi explodida em Matozinhos, e em outro banco o alarme impediu o arrombamento. Em BH, foram encontrados os aparelhos, conhecido como “chupa-cabras” em agências do Centro-Sul e Pampulha.

Chupa-cabra é um aplicativo para garrar o cartão dentro da máquina e, pelo telefone os assaltantes conseguem os dados da vítima / Foto Ilustrativa: portalmidia.net

A suspeita é que esses crimes tenham acontecido pela mesma quadrilha. Na cidade de Matozinhos após o cerco montado pela Polícia Militar, o autor Fabrício Marques de Souza, de 30 anos, foi preso. Com ele foi apreendido R$ 3 mil, 19 cartuchos intactos e uma pistola .380. O suspeito, já tinha passagem pela polícia por vários crimes, a PM não soube informar quanto foi levado da Caixa Econômica. Outros três suspeitos estão foragidos.

Em BH, a corporação suspeita que uma quadrilha agisse simultaneamente em pelo menos três pontos. No Bairro Santa Amélia, na Pampulha, a equipe de monitoramento de outra agência da CEF suspeitou da atitude de um homem e chamou a PM. José Maria Botelho, de 52 anos, é acusado de instalar o aplicativo chupa-cabra, e de ter colado um adesivo no caixa eletrônico, informando o SAC errado para atendimento ao cliente.

O aplicativo faz o cartão da vítima ficar agarrado dentro da máquina, com isso ela necessita ligar para o serviço de atendimento do banco. Um homem que se encontrava dentro da agência a emprestava o próprio celular para ela fazer a ligação.

Do outro lado da linha, um comparsa, simulando ser funcionário do banco, pedia dados como número da agência, da conta, do CPF e até a senha. "Com essas informações, ou clonavam os cartões ou faziam transferências on-line", explicou o cabo Fábio Júnior, da 228ª Companhia do 49º Batalhão. 

Autor do golpe chupa-cabra / Foto: Divulgação PM

Quando a PM chegou à agência da Avenida Portugal, o homem, que tem passagem por estelionato, ainda tentou fugir. No momento da abordagem, a senhora que acabava de passar os dados ao comparsa, saiu do banco dizendo que seu cartão estava agarrado. Ela foi orientada a bloquear o cartão imediatamente e não chegou a ter prejuízos. 

Os policiais prenderam José Maria e com ele foi apreendido o dispositivo, o adesivo, o celular e R$ 374. As agências do Bairro Lourdes e do Santander, no Centro também foram encontrados chupa-cabras. A investigação passa a ser feita pela Polícia Federal.


Com informação Estado de Minas