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Conforme acordo, Marcos Valério em depoimento citou diversos políticos

O acordo de colaboração premiada de Marcos Valério foi assinado em 6 de julho e submetido ao Supremo Tribunal Federal (STF) “devido à necessidade de homologação do acordo, por envolver autoridades com prerrogativa de foro”. Na época, a Polícia Federal confirmou a apresentação de vasta documentação e ele prestou depoimento.

Marcos Valério cita nome de diversos políticos em depoimento prestado nessa sexta-feira (18) na PF/Foto: DivulgaçãoMarcos Valério cita nome de diversos políticos em depoimento prestado nessa sexta-feira (18) na PF/Foto: Divulgação

Nos anexos da colaboração obtidos pela reportagem, o operador do mensalão petista citou importantes políticos, como os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), além do ex-governador e hoje senador por Minas Gerais Aécio Neves. O tucano nega as irregularidades apontadas no acordo.

Também foram citados políticos do PSDB com destaque em Minas, como o deputado federal Marcus Pestana e o ex-deputado e ex-secretário de Governo de Aécio Danilo de Castro. Envolvidos no mesmo esquema de caixa 2, Valério acusou o ex-deputado estadual e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Mauri Torres (PSDB) de solicitar que as agências de Valério fizessem um empréstimo de alto valor para comprar um apartamento na avenida Olegário Maciel, na região Centro-Sul da capital.

Marcos Valério também afirma ter realizado repasses ao ex-ministro dos Transportes e ex-deputado Anderson Adauto (sem partido). A delação entrega ainda o ex-vice-governador de Minas e presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade, que teria pagado diversos deputados em 1998 para que ele fosse indicado como vice na chapa de Eduardo Azeredo (PSDB), que tentaria a reeleição. Valério cita o nome dos deputados Carlos Melles, Bilac Pinto, Sebastião Costa e Paulo Piau como supostos recebedores desses repasses.

A lista de políticos citados é enorme e inclui também o ex-prefeito de Contagem Ademir Lucas (PR) e sua ex-esposa Vanessa Lucas. Segundo o delator, foram repassados recursos ilícitos, via agência DNA, ao ex-prefeito de Juiz de Fora Custódio Mattos e ao ex-deputado Márcio Kangussu (PPS).

Um dos personagens mais citados nos anexos da delação não é político, mas esteve por trás da arrecadação de inúmeras campanhas do PT e do PMDB. Ivan Guimarães era um dos dirigentes do Banco do Brasil e ex-presidente do Banco Popular, quando contratou as agência de Marcos Valério para supostamente fazer negócios ilícitos.

Negativas. Todos os políticos citados na delação negaram qualquer envolvimento com as agências de Marcos Valério em atos ilícitos. Os envolvidos desqualificam as informações do delator.

Da Redação com OTempo



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