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Aprovou a comida mas não pretende repetir o vinho, diz morador de rua que comeu em restaurante luxuoso de BH e viralizou nas redes sociais

Desde a última terça-feira (4), a história de um morador de rua que foi a um restaurante em um bairro nobre de Belo Horizonte e fez questão de pagar a conta é assunto nas redes sociais. Maltrapilho, o homem, que se identifica como Azulinho, pediu uma entrada com frango, filé, uma garrafa de vinho e um refrigerante. A comida, segundo ele, estava deliciosa. Mas o morador de rua brinca que não gostou do vinho e diz que, da próxima vez, pedirá uma cerveja.

Aline Aguiar/TV Globo/ Morador de rua faz questão de pagar por refeições em Belo HorizonteAline Aguiar/TV Globo/ Morador de rua faz questão de pagar por refeições em Belo Horizonte

Azulinho chegou ao restaurante no bairro de Lourdes com uma nota de R$ 50. O dono do estabelecimento cobrou só pelo refrigerante.

Mas não foi só no início desta semana que Azulinho fez questão de pagar por sua refeição. Quem o conhece confirma que ele não gosta de nada que vem de graça.

A assistente de caixa Bárbara Braga de Araújo conta que o morador de rua também é cliente do restaurante em que ela trabalha, na Região Hospitalar, há cerca de seis anos.

“Ele lancha com a gente, toma café com a gente, almoça. Tudo do jeitinho que ele gosta. Ele gosta que a gente faça o prato dele, a sobremesa, que a gente dá palpite. E não gosta assim... de nada de graça. Tudo que ele consome ele tem que pagar”, diz.

Azulinho diz que nesta quinta, somando tudo, pagou R$ 25. E ele explica por que, apesar da dificuldade, faz questão de comprar a própria comida em vez de pedir:

“Sei lá o que é que a pessoa fez com o negócio, não estou vendo, sei lá de onde é que ela tirou. Uma pessoa já pegou trem do lixo e já me deu”, conta.

A assistente de caixa diz que o morador de rua é “muito gente boa”. “Só não gosta que invadam o espaço dele. Tirar a privacidade dele, ele já não gosta”.

Para Azulinho, o respeito ao próximo é fundamental. “Educação e saber dialogar as palavras. E respeitar a visão da gente na pessoa”, afirma.

 

Com G1



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