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Motorista de aplicativo com 34 páginas de registros policiais é preso em BH

Com 34 páginas de registros policiais, W. V. V., de 35 anos, é um velho conhecido no mundo do crime por roubos a residências. Mas mesmo com a ficha criminal extensa e uma pena que ultrapassa 45 anos de prisão, ele trabalhava há mais de um ano como motorista de aplicativo. Nessa segunda-feira (14), a Polícia Civil informou que o homem, que é integrante da gangue do Pica Pau e foi preso no bairro Cachoeirinha, região Noroeste de Belo Horizonte, usava da função para pegar informações dos passageiros e ter facilidade no momento em que cometia os roubos.

Motorista de aplicativo com 34 páginas de registros policiais é preso em BH./ Foto: Uarlen ValérioMotorista de aplicativo com 34 páginas de registros policiais é preso em BH./ Foto: Uarlen Valério

"Nós estamos investigando o W. há cerca de dois meses. Ele foi preso no dia 10 de outubro devido a uma mandado de prisão em aberto e tem uma vasta ficha criminal sempre de crimes contra o patrimônio: roubo, furtos, formação de quadrilha. Nossa investigação demonstrava que o W. usava de um aplicativo de transporte privado para angariar vítimas e descobrir se a residência estava sendo monitorada ou não. As pessoas acionavam o aplicativo e, durante as corridas, ele tentava obter informações", explicou o delegado Rafael de Souza Horácio, do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Patrimônio (Depatri).

Ainda conforme a polícia, em conversa informal com a instituição, o homem disse que já teria cumprido 12 anos de prisão. "Ele ainda disse que não sabe por qual unidade do sistema prisional da região metropolitana da capital não tenha passado de tantas vezes que foi preso. A gangue do Pica Pau, líder que está preso, começou no bairro Cachoeirinha e foi buscando novos membros de outros lugares. Eles agiam em bairros na região Centro-Sul da capital e bairros de alto luxo de cidades na região metropolitana", destacou.

Roubo

Ainda conforme a Polícia Civil, a gangue do Pica Pau foi a responsável pelo roubo à casa do ex-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o desembargador Joaquim Herculano, há alguns anos. No entanto, W. V. V. não participou desse crime porque estava preso.

"O W. já passou por blitz da polícia e sequer consultaram o nome dele para verificar se possuía antecedentes criminais ou não. Fica o alerta para quem usa o serviço de aplicativo para que tome cuidado e evite passar informações", destacou o policial.

Regenerado

Em conversa com a imprensa, o homem afirmou que já tinha saído do mundo do crime e estava trabalhando. "Vocês deviam denunciar o sistema prisional. Eu estou desde quinta-feira sem escovar dentes, sem tomar banho, sem coberta e sem colchão. Vocês me tiram um cara que saiu do crime, trabalha de segunda a domingo, e apresenta um espetáculo midiático", afirmou.

Ele se negou a informar como conseguiu o cadastro na empresa de aplicativo mesmo com antecedentes criminais. Por causa da investigação, a Polícia Civil não informou para quais empresas o homem prestava serviços.

Com O Tempo



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