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Cresce ausência do nome do pai em registros de nascimentos em Minas durante período de pandemia

  • Categoria: Minas

Em dois anos de pandemia, mais de 23 mil crianças foram registradas em Minas somente com o nome da mãe na certidão de nascimento – 4,84%. Levantado pelos Cartórios de Registro Civil de Minas Gerais, o dado aponta um aumento singelo em relação aos últimos anos, mas que impacta a vida de muita gente. Em comparação com os anos pré-pandemia, o aumento da ausência de pai nas certidões tem sido maior, apesar de o número de nascimentos ter caído.

Foto ilustrativa/Reprodução: InternetFoto ilustrativa/Reprodução: Internet

Irresponsabilidade

Para o psicólogo Fabrício Ribeiro, que é professor universitário especializado em questões das famílias, esse aumento de registros de crianças sem pai envolve razões como a fragilidade das relações atuais e até a morte de homens por Covid. Mas o principal fator é a falta de responsabilização dos indivíduos:

“Somos uma sociedade na qual a figura do homem parece ser menos responsável na criação dos filhos, então temos visto os homens saindo, não se responsabilizando e deixando isso a cargo das mulheres, o que se reflete nessa situação de não registrar os filhos”.

“Os cuidados com o filho sempre ficaram a cargo da mãe. A gente percebe nos exemplos mais simples, até em uma família na qual o pai é participativo”, acrescentou.

Coordenadora regional de Famílias e Sucessões da Defensoria Pública de Minas, Carolina Goulart pontua que, na mediação de conflitos, é possível notar uma crescente irresponsabilidade por parte dos homens.

“Quando a pessoa vai se relacionar sexualmente, ela não pensa que daí vai nascer uma criança, por mais óbvio que seja (essa possibilidade). Aí, depois, quando a coisa se concretiza, ele não quer essa responsabilidade”, resume.

É obrigatório o registro

Pela lei, o registro da paternidade em documento pode ser feito espontaneamente ou por meio do exame de DNA. Em caso de recusa para o teste, a Justiça pode acrescentar o nome do pai no documento – ou seja, assumir um filho não é opcional.

Integrante há 11 anos do Mutirão Direito a Ter Pai, realizado pela Defensoria Pública do Estado anualmente, Carolina acredita que o medo da responsabilidade é uma das razões para o preenchimento tardio do nome do pai em muitos registros.

“Esses pais têm a falsa convicção de que não são os genitores, e isso gera essa cultura de que ‘não sou eu, não vou assumir’”, afirmou. E acrescentou: “Mas, no fundo, notamos que há consciência dessas obrigações, dos direitos e deveres decorrentes de um reconhecimento de paternidade, e eles (os homens) se furtam a isso até as últimas consequências”, explica a defensora.

Com O Tempo


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