Contrário ao retorno das aulas presenciais no ensino infantil em Belo Horizonte, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-Rede BH) ameaça entrar em greve. Uma assembleia será realizada na tarde desta terça-feira para debater sobre o assunto.

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De acordo com o sindicato, os trabalhadores só devem retornar às atividades quando boa parte desses profissionais da educação estiver vacinada. Segundo a diretora da entidade, Vanessa Portugal, o momento ainda não é seguro para o retorno presencial.

“Entendemos que há uma grande incongruência por parte da prefeitura ao definir um retorno nesse momento porque hoje tem mais de 400 contaminados a cada 100 mil habitantes, o número de mortes permanece muito alto, mesmo que em Belo Horizonte ele tenha abaixado em relação ao pico altíssimo que teve, não tem nada de seguro nesse momento. Não existe forma de garantir que crianças de até 5 anos tenham um grau de controle de comportamento para que não se pegue a covid.”

Apesar da greve ser uma possibilidade, Vanessa ressalta que ela é a última possibilidade. “Antes disso nós queremos esgotar todas as possibilidades de discussão e nós acreditamos que isso passa sim pela ampliação da vacina. Temos uma reivindicação de que haja vacinação dos trabalhadores em educação, mas a nossa luta não é só por nós, é para que também haja a vacinação para garantir a segurança das nossas comunidades escolares.”

O retorno das aulas presenciais foi anunciado durante entrevista coletiva nessa segunda-feira (16). Na entrevista o secretário de Saúde de BH, Jackson Machado, disse que outros grupos trabalharam sem se vacinar e que é importante que as pessoas continuem seguindo os protocolos sanitários para não se contaminar.

“Trabalhadores da saúde trabalharam sem vacinar, os motoristas de ônibus estão aí trabalhando sem vacinar, as caixas de supermercado, das farmácias, então se as pessoas tomarem as medidas, usarem máscara, higienizarem as mãos, tomarem os devidos cuidados, não há motivo para acreditar que vão ser mais infectados. O ideal seria mesmo que todos fossem vacinados, mas eu não vou furar a fila do Ministério da Saúde.”

Com Itatiaia