Nesta terça-feira (28), por volta das 11h40, após dois menores de idade serem vítimas do crime de roubo, a Polícia Militar foi acionada pelo representante de um deles que estava conseguindo rastrear um dos aparelhos subtraídos.
Foto: 25° BPM
Diante das informações repassadas, os militares realizaram as diligências policiais conseguindo chegar até uma residência no Bairro Nossa Senhora Das Graças, onde o morador L.H.S, 36 anos, informou aos policiais que havia comprado os dois aparelhos pela quantia de RS 120,00 reais de um individuo na porta de sua casa.
As vítimas reconheceram os aparelhos como sendo os que haviam sido subtraídos, quando foi dada voz de prisão em flagrante ao cidadão que estava na posse dos aparelhos pelo crime de receptação.
Aparelhos recuperados e cidadão preso, encaminhados à Delegacia de Polícia Civil para as providências legais cabíveis.
Com 25° BPM
Mulher baleada na cabeça durante latrocínio pediu para filha se fingir de morta
A irmã da mulher que foi baleada junto com as filhas adolescentes, durante um latrocínio em Itanhaém, no litoral de São Paulo, conversou com o g1. A irmã dela contou à ela que os assaltantes fizeram ameaças e diziam que a família iria morrer. A adolescente de 17 anos, sobrinha dela, e o pedreiro Geosaldo Cesário Monteiro, de 44 anos, que realizava serviços no imóvel, morreram após o crime. Os dois foram baleados na cabeça durante o assalto.
Crime ocorreu em residência no bairro Suarão, em Itanhaém, SP — Foto: Luciana Moledas/g1
A mãe da adolescente, de 41 anos, e a irmã mais nova dela, de 12, também foram alvejadas na cabeça pelos criminosos, mas sobreviveram e seguem internadas na manhã desta terça-feira (27).
O latrocínio ocorreu, por volta das 19h da última sexta-feira (24), no bairro Suarão. Além de roubar o carro da família, os suspeitos também levaram diversos pertences da residência e atiraram nas quatro pessoas que estavam na casa. Imagens de câmera de monitoramento flagraram a dupla de assaltantes andando em direção à residência para efetuar o crime.
Em entrevista à TV Tribuna, a tia das adolescentes, que prefere não ser identificada, conta que conversou com a irmã dela, que está internada. A mulher relatou à ela que a filha mais nova, de 12 anos, estava lavando o carro do lado de fora de casa quando foi abordada pelos dois criminosos.
"Minha irmã contou que, nesse momento, minha sobrinha mais velha ouviu um barulho e foi em direção a minha sobrinha mais nova", afirma.
Em seguida, segundo relato da irmã à mulher, os criminosos já entraram com as menores na sala da residência. A dona da casa estaca sentada assistindo TV quando a dupla anunciou o assalto e pediu para a família não reagir.
"Nisso, ela pediu que ele tivesse calma e ele perguntou quem estava na casa, e disse que se ela não falasse todos iriam morrer. Minha irmã explicou que só estavam elas e o pedreiro, que tomava banho naquele momento", diz.
A dupla foi até o banheiro, abriu a porta e ameaçou o pedreiro de morte. "Segundo minha irmã, eles tiraram o homem pelado do banheiro, levaram todo mundo para sala e pediram o celular de todos, para fazer PIX. Ele perguntou o que tinha no quarto da minha irmã e levou as três para lá, colocando elas no banheiro e o pedreiro no quarto"
Ela conta que os criminosos amarraram o pedreiro com uma extensão e o colocaram dentro do banheiro. "Ela [irmã dela] dizia o tempo todo para eles levarem tudo e em nenhum momento reagiu, assim como o Seu José, como chamamos o pedreiro, também não abriu a boca", afirma a tia das adolescentes.
Um dos criminosos ficou vigiando as vítimas, enquanto o outro pegou alguns itens da casa e colocou no portão. O assaltante pegou a arma do comparsa, que estava vigiando a família e atirou em direção a dona da casa. Segundo a irmã dela, foram dois tiros, sendo que um pegou no pulso e outro no dedinho e rosto. Em seguida, ele atirou na cabeça das adolescentes e, depois, no pedreiro.
"Depois dos tiros, minha irmã ouviu a filha mais nova chorar, porque a mais velha já não falava nada, Então, minha irmã disse: 'filha vamos fingir que a gente tá morta para eles irem embora'. Minha sobrinha ficou quieta, mas ele já tinha escutado uma voz e voltou dizendo: 'você ainda está viva', pegou a arma e mirou na testa dela, apertou de novo, mas não tinha mais bala. Nessa hora, minha irmã conseguiu empurrar ele e fechar a porta do banheiro, gritando por socorro."
Nesse momento, a mãe viu que Isabelle Amaral Costa, de 17 anos, já estava desfalecida. "Minha irmã falava 'filha, volta para mim'. Ela pulou a janela do quarto para pedir ajuda, nem esperou eles saírem, porque sabia que todos morreriam se não pedisse, foi aí que ela pediu ajuda aos vizinhos.
A adolescente mais nova também pulou a janela, para pedir ajuda, desmaiou. Os moradores do bairro ajudaram a família. Logo em seguida, os policiais militares chegaram e resgataram as vítimas. O pedreiro e a sobrinha mais velha dela morreram no hospital. Já a adolescente mais nova segue lutando pela vida. A irmã dela não corre risco de morte.
"O cara [que atirou] é um louco, psicopata, não pode sair impune, ele estava de saidinha e temos que implorar para a Justiça para isso não acontecer. Se eles estivessem presos, minha família estava em paz e feliz. Só pedimos justiça e que nossas leis mudem, que eles nunca saíam da cadeia. Porque ninguém reagiu em nenhum momento e mesmo assim o atirador foi frio. Estamos vivendo um pesadelo", diz.
A casa da família amanheceu pichada neste domingo (26). As pichações feitas no imóvel em que estavam as vítimas tinham dizeres desejando força à família, pedindo justiça e paz.
"A justiça diviCrime gerou revoltana não falhará", diz uma das escritas no portão da casa. Já na porta da residência, outra pichação diz "força família", onde também foram deixadas flores com um laço e uma carta.
Prisão
Na noite do latrocínio, a Polícia Militar prendeu duas mulheres, de 20 e 26 anos, dois homens, de 22 e 27, e apreendeu um adolescente, de 16, suspeitos de estarem envolvidos no crime.
A PM localizou dois destes suspeitos em uma pousada, no bairro Ivoty. No quarto, além do adolescente, foi encontrado o homem, de 22, que confessou ser o autor dos disparos.
Segundo a Polícia Civil, a arma usada no crime - um revólver calibre 38 - foi apreendido com eles, bem como a chave de um carro que haviam subtraído anteriormente. A dupla também informou a localização do automóvel das vítimas, onde estava o restante do grupo, que confessou que auxiliou na fuga. Foi verificado ainda que o autor dos disparos era procurado pela Justiça de Campinas.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como latrocínio, ato infracional pelo mesmo crime, tentativa de roubo, captura de procurado, apreensão de adolescente e corrupção de menor no plantão permanente da cidade e encaminhado ao 3º DP.