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Coluna / Meio Ambiente / O Cerrado e a preocupação da Unesco

O Cerrado e a preocupação da Unesco

Olá caros leitores! Na coluna de hoje irei dar ênfase a uma reportagem noticiada em 17/08/212, no jornal Estado de Minas. Reportagem essa da qual tive acesso devido a uma campanha de incentivo à leitura que está sendo realizada no nosso país, após reportagem do programa global, Fantástico. Acabei sendo abordado por um balconista na rodoviária de Belo Horizonte/MG, o qual me informou sobre a campanha e disponibilizou uma unidade do “jornal dos Mineiros”. Achei interessante a iniciativa e a campanha. É sempre bom ler e enriquecer nossos conhecimentos.

O que é a Unesco?

Estamos falando da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Foi fundada em 16 de Novembro de 1945 com o objetivo de contribuir para a paz e segurança do mundo mediante a educação, a ciência, a cultura e as comunicações. A sede da organização é em Paris, França.

Nos aspecto sócio – econômico, cultural, bem como no meio ambiente, a organização prega o “desenvolvimento sustentável – desenvolver de forma a minimizar os impactos ambientais e pensar nas gerações futuras”.

O Cerrado

É o segundo maior Bioma brasileiro, estendendo-se por uma área de 2.045.064 Km², e que abrange oito Estados do Brasil. Possui alta biodiversidade, pelo fato de possuir índices pluviométricos regulares.

***Mapa da ecorregião do Cerrado. Os limites da ecorregião mostrados em amarelo.

Em 2001, o Cerrado recebeu da Unesco, o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, um “selo de autenticidade” dado àqueles locais que guardam preciosidade de valor inestimável para o mundo. Porém devido ao descaso com a natureza local desse bioma, a Unesco poderá em 2013, retirar esse título. O motivo seria uma questão jurídica, que deixou de proteger legalmente a área da Chapada dos Veadeiros. Verdade é que o Cerrado vem sendo devastado pela ação humana e deixado de lado por nossas autoridades. A questão é a seguinte: a Unescoquestiona se os princípios que tornaram o Bioma uma área de referência universal, se perderam. Ao ganhar esse chancela, no início da década passada, o Brasil deveria ter tido a preocupação de fazer valer a manutenção da biodiversidade do bioma, de forma a garantir que toda a área de legalmente protegida fosse preservada. Um dos principais motivos para esse descaso, seria uma decisão federal, que passou a área protegida de 230 mil hectares, para apenas 65 mil hectares.Os órgãos federais questionam que não fora respeitada a legislação para demarcação de uma área de proteção.

Após esse descaso e essa desatenção brasileira, o Brasil apresentou àUnesco, uma proposta de reestruturação da área. Antes tarde do que nunca! Mas ainda sim, o conselho do Comité do Patrimônio Mundial irá manter a pressão sobre o país e enviar uma missão de análise, que irá avaliar as propostas do nosso país e verificar a viabilidade de tais medidas, através de visitas in loco ao Bioma.

A reunião que irá emitir o relatório final irá ocorrer apenas em meados de Junho de 2013. O objetivo final será avaliar se as características da biodiversidade que fizeram a área ser reconhecida encontram-se ameaçadas. Se sim, corremos sério risco de perder o reconhecimento da Unesco, ao entrar para a Lista do Patrimônio em Perigo.

Assim, quem perde com isso é o meio ambiente, o bioma e sua preservação. Enquanto todo o processo é analisado, a área permanecerá fragilizada e ameaçada por quase 1 ano. Absurdo!!!

Obrigado e grande abraço a todos.

Emílio Figueiredo - Engenheiro Ambiental da Eco System – Assessoria Ambiental LtdaContato:   emilio.ecosystem@gmail.com – (31) 8833-5288 / 3026-3656



Emílio Melo Figueiredo é Engenheiro Ambiental (CREA: MG-144298) e atua na empresa ECO SYSTEM – ASSESSORIA AMBIENTAL LTDA, prestando serviços de consultoria de meio ambiente a diversos clientes de Sete Lagoas e região. Atualmente está cursando Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho. 



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