Apesar do recente anuncio de paralisação na produção pela Iveco, quando cerca de 1500 funcionários entraram em férias coletivas, o ferro-gusa foi o principal vilão para a nova queda das exportações do mercado de Sete Lagoas. Pesquisa realizada em junho pelo Núcleo de Estudos Econômicos e Sociais – NEES, do Centro Universitário de Sete Lagoas – UNIFEMM, indica uma redução de 51% das vendas ao mercado exterior. Somente o ferro fundido produzido na cidade teve um recuo nas exportações de 43%, se comparado com o mês anterior. Mesmo com esse rendimento negativo, o município se manteve na 18ª posição entre os municípios exportadores de Minas Gerais.


Foto: Divulgação Unifemm

O valor exportado pelas indústrias locais caiu de US$33,6 milhões em maio para US$16,5 milhões durante o mês de junho. As importações reduziram, em menor escala, 5,37% se comparadas com maio, e deixou um déficit no saldo da Balança Comercial de US$26,5 milhões. No balanço dos seis primeiros meses de 2014, as vendas externas também apresentaram redução, de 20,08%, com um déficit acumulado de US$143,4 milhões na Balança Comercial do município.

Apesar da queda, o ferro gusa ainda é um dos principais itens da pauta do comercio exterior do município. Em junho foram exportados US$7,2 milhões e um acumulado de US$80,6 milhões no primeiro semestre de 2014, o que representa 37,7% do total negociado. O produto fica atrás somente do setor automotivo, que ainda representa 43,7% das vendas externas.

Entre os principais parceiros de Sete Lagoas, o destaque fica para a Argentina, que comprou das indústrias locais no primeiro semestre um acumulado de US$104,9 milhões, o que representa 49% do valor comercializado, seguido pelos Estados Unidos, com 27,73%. Por outro lado, a Itália continua como o maior país vendedor para o município, com 60,37% da pauta de importações, com um montante de US$215,8 milhões nos seis primeiros meses.

Segundo a pesquisa do NEES, os resultados apresentados seguem a tendência da balança comercial do Brasil. Dados da Confederação Nacional da indústria indica queda nas exportações nos itens automóveis de passageiros, parte e peças para veículos e tratores, motores e veículos de carga, como reflexo da redução do comércio entre Argentina e Brasil.

NEES Unifemm