No vídeo apresentado num telão, dois figurantes tentaram escalar as grades do Palácio da Liberdade; em seguida abordaram um moça de forma ostensiva e um deles tirou da mochila um objeto não identificado, guardando no bolso da calça. Toda a ação foi acompanhada pela Central de Videomonitoramento que, via rádio, contatou a viatura mais próxima, passando detalhes da movimentação dos “suspeitos”. A equipe da Polícia Militar chegou ao local em três minutos. “Este é o tempo médio que as equipes deverão gastar, quando acionadas, de qualquer ponto da cidade”, anunciou o Comandante-Geral da PM, Hélio dos Santos Júnior.
O secretário de Estado de Defesa Social, Maurício Campos Júnior, disse que o sistema está em franca expansão devido aos bons desempenhos apresentados: reduziu em até 40% os índices de violência nas áreas onde foi instalado. A partir das primeiras câmeras disponibilizadas na capital, em 2004, seguiram-se pedidos para o interior do Estado. O Governo do Estado já investiu cerca de R$ 17 milhões na instalação de 307 câmeras de videomonitoramento em Minas Gerais.
A princípio, a implantação do sistema no interior do Estado ocorreu de acordo com a disponibilidade de parceria dos poderes municipais. Mas agora, de acordo com o secretário, há a tendência de se inverter o processo. Ou seja, a Polícia Militar vem desenvolvendo os projetos, identificando as áreas e cidades mais necessitadas e a Seds adquirindo os equipamentos e firmando as parcerias. Já contam com o sistema de videomonitoramento – também conhecido como Olho Vivo – Uberlândia, Montes Claros e Itabira. As próximas cidades a serem contempladas serão Viçosa e Sete Lagoas. Atualmente, 126 câmeras estão em funcionamento no interior de Minas Gerais.
No caso da Praça da Liberdade, que apresenta baixo número de ocorrências criminais, a instalação das câmeras justifica-se pelo fato do local ser “um marco da cidade, com um fluxo incomum de pessoas em relação a outros pontos da cidade”. Sem falar que trata-se de um dos mais belos cartões postais da capital mineira e abriga prédios históricos em seu entorno. Em contrapartida, Campos Júnior destacou outras áreas da cidade que não têm valor patrimonial, mas que já foram contempladas com o sistema como a Pedreira Prado Lopes, além de outras que estão em estudo como as regiões de Venda Nova, Barreiro e toda a extensão da Linha Verde. As câmeras, que passaram a funcionar nesta quinta-feira, foram instaladas nos seguintes pontos: avenida Bias Fortes com rua da Bahia; avenida Cristóvão Colombo com avenida Brasil; rua Gonçalves Dias com Bahia; avenida João Pinheiro com Praça da Liberdade, no coreto da Praça, e na Secretaria de Fazenda.