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Breno Augusto

Por que as taxas de crédito são tão diferentes?

No artigo de hoje venho falar sobre as taxas cobradas no mercado de crédito no Brasil. Diferentes modalidades de empréstimos à pessoafísica envolvem a cobrança de diferentes taxas de juros, como é natural de esperar.

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No entanto, olhando bem de perto, podemos observar que as diferenças entre as taxas praticadas no Brasil são muito acentuadas, como podemos observar nos exemplos abaixo:

  • Crédito pessoal de financeira: 15% ao mês = 435% ao ano (juros compostos)
  • Crédito rotativo – cartão de crédito: 12% ao mês = 290% ao ano (juros compostos)
  • Cheque especial: 8% ao mês = 152% ao ano (juros compostos)
  • Crédito pessoal de banco (correntistas): 4% ao mês = 60% ao ano (juros compostos)
  • Crediários (taxa efetiva embutida): 4% ao mês  = 60% ao ano (juros compostos)
  • Financiamento de automóvel usado: 2,49% ao mês = 34% ao ano (juros compostos)
  • Crédito cooperativo ou consignado: 2% ao mês = 27% ao ano (juros compostos)
  • Financiamento de automóvel novo: 1,49% ao mês = 19% ao ano (juros compostos)
  • Financiamento imobiliário: 1% ao mês = 13% ao ano (juros compostos)

Por que tamanha diferença nas taxas?

As modalidades de crédito apresentam diferenças expressivas em três principais aspectos:

  1. A facilidade e rapidez com que o tomador consegue embolsar a grana
  2. As garantias reais exigidas de quem pede emprestado
  3. A probabilidade de se configurar inadimplência, ou seja, as chances de a instituição financeira levar calote do tomador.

Pense no cheque especial ou no crédito rotativo dos cartões de crédito: existe coisa mais prática do que recorrer a essas modalidades de empréstimo pessoal? Rapidez e facilidade são a marca desses dois tipos de dívidas, que não podem ter garantia específica em contrapartida e costumam ser – não sem motivo – as que apresentam maior nível de inadimplência. Pronto: está aí boa parte da explicação para taxas tão elevadas.

De outro lado, pense em um financiamento imobiliário: aquela papelada toda exigida para aprovar o crédito, o tempo que demora, a garantia real que o seu financiador exige de você (seu próprio imóvel) e a baixíssima probabilidade de o devedor sequer pensar em deixar de pagar as prestações do teto que cobre a cabeça de sua família. Por isso tudo, a taxa de juros cobrada de quem toma dos bancos para comprar sua casa própria acaba sendo a menor do mercado de crédito no país.

Espero que tenha esclarecido, o porque, das diferenças entre as taxas existentes no mercado, até o próximo artigo, obrigado e um abraço a todos!

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Breno Augusto Guiscem é Bacharel em Administração pelo UNIFEMM. Já prestou serviços para grandes organizações como a FIAT DO BRASIL S/A, como monitor de estatística para o curso de Administração no UNIFEMM e atualmente atua como consultor de empresas e na área de educação como docente no CEFAP ministrando aulas de Gestão de Custos, Logística, Comércio Exterior e Administração Comercial e Financeira para o curso Gestão Administrativa.
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