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Franciney Carvalho

Coluna / Comércio Exterior / A arte de argumentar

Bem vindo ao fantástico mundo do Comércio Exterior!

É bem certo que o comércio exterior tem a mesma base de qualquer negociação – a arte de argumentar – muito presente nas relações humanas. Fazendo uma comparação, quando um bebê chora por não ter condições de fazer nada, ele usa esse argumento na tentativa de negociar a comida para matar a fome, a água para saciar a sede, o colo para dormir e sentir-se seguro, a atenção para algo que o incomoda e por aí vai.

Durante a infância, já com uma consciência maior a respeito da importância de saber argumentar, a criança passa a ter outras necessidades e desejos. E muitas dessas crianças se sentem satisfeitas quando os pais atendem ou cedem aos argumentos delas, ou estabelecem uma boa negociação pelo menos.


Foto: e3blog.vagasestacio.com.brFoto: e3blog.vagasestacio.com.br


Com o tempo, os pais percebem que não é mais possível atender todas as necessidades e desejos dos filhos e, em um processo natural, passa a mostrá-los que está na hora de caminhar com as próprias pernas e conhecer o mundo além da própria casa: o mundo exterior.

Agora imagine esses milhares de filhos no mundo exterior. Vamos chamá-lo de nação, cujo “pai” chama-se governo, em que passam a conviver e estabelecer novas relações sendo, sem dúvida, mais complexas e instáveis. Uma responsabilidade e tanto para o “pai” governo.

Neste mundo exterior, fica-nos claro que nenhum governo conseguirá atender todas as necessidades e desejos da população, pelo simples fato de nenhum deles ser autossustentável e capaz de oferecer os recursos necessários e as condições essências ao bem-estar dos seus “filhos”.

Calma! Nem tudo está perdido. Diante desse cenário, torna-se uma prática bastante comum do governo de um país: buscar em outro país os recursos escassos ou não suficientemente produzidos e/ou explorados internamente. Isso é o que se pode chamar de umas das faces das relações internacionais, traduzida aqui como comércio internacional.

De certa forma, até se pode explicar o porquê do presidente de um país realizar as famosas viagens internacionais. Trata-se de uma tentativa de estabelecer um comércio de bens e serviços com diferentes nações, estabelecendo assimum acordo comercial.

Portanto, podemos entender que o comércio internacional também se refere às relações diplomáticas entre governos dos países, a fim de se criar um fluxo comercial e financeiro entre eles. Nasce, porém, uma questão pertinente: Quem fará esse fluxo acontecer? A resposta é simples: as empresas.

Quando as empresas de um país passam a comercializar bens e serviços com empresas de outro, dizemos que é Comércio Exterior – relação comercial entre empresas de países diferentes. E dentro desse comércio, a arte de argumentar tão presente nas relações humanas torna-se um diferencial para o sucesso das empresas que exportam e importam produtos ou serviços, pois diferentemente de manter uma relação comercial com uma empresa brasileira, agora do outro lado dessa relação existe uma empresa chinesa, americana, indiana, mulçumana, japonesa, etc.

Então, o que muda? Tudo. Agora podemos dizer:Sejam bem vindos ao fantástico mundo do comércio exterior.

Pense como seria negociar com um chinês, com um árabe, com um russo, com um argentino, com um italiano, com um japonês. Difícil, não? Dizemos então desafiante e gratificante. Dizemos também que os argumentos agora serão outros e, talvez, seja o momento em que aprendemos a reconhecer o quão somos diferentes, mas quantas semelhanças ainda existementre diferentes países.

Com a globalização, presenciamos a aproximação das pessoas de diferentes nações. Esse fenômeno tem facilitado, de forma positiva, as relações comerciais e, principalmente, permitido certa flexibilidade durante uma negociação internacional. Como disse, porém, Ângela Hirata, na época executiva das Havaianas, no mundo dos negócios “todas as barreiras são negociáveis, menos a cultural”.

Aqui chegamos a uma grande questão: A cultura. O ponto de partida para qualquer empresa antes de iniciar os primeiros contatos com uma empresa estrangeira. Quando se busca conhecer a cultura de outro país, apenas aprenda com ela. Apesar de não garantir êxito em todas as negociações internacionais, esse conhecimento, no mínimo, funciona como um forte argumento para fechar um bom negócio, além de criar uma identificação maior entre as partes.

Vencida a barreira cultural, ainda não é hora de comemorar. Partimos, em contrapartida, para o que se pode chamar de procedimentos aduaneiros. Em outras palavras, tais procedimentos representam o controle que o governo de cada país tem sobre as operações de comércio exterior, conhecido como controle aduaneiro.

Imagine agora que o governo brasileiro precisa estabelecer um controle sobre as exportações e importações de modo a não permitir que tais operações sejam realizadas sem parâmetros ou base legal. Não diferente cada país também estabelecerá um tipo de controle aduaneiro, exigindo das empresas um grau de conhecimento técnico capaz de atender e cumprir com as exigências feitas pelos governos.

E é esse mundo muito além das fronteiras que vamos conhecer daqui em diante, numa série de artigos a respeito da dinâmica e dos processos que envolvem o comércio exterior.




Franciney Carvalho é graduado em Administração com ênfase em Comércio Exterior pelas Faculdades Promove e pós-graduado em Logística pela UNA. Professor de Comércio Exterior nos cursos de Administração, Logística e Contabilidade no Centro de Formação e Aperfeiçoamento Profissional – CEFAP.


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