O cantor e intérprete Fred Reis, completa em 2018 dez anos de carreira. Em comemoração a data, uma campanha de financiamento coletivo foi organizada para viabilizar um show comemorativo do artista.

Foto: Diego Marques

Previsto para acontecer no dia 27 de Maio, às 19h na Casa da Cultura em Sete Lagoas, a campanha é uma corrente do bem em prol da realização de um sonho. Para comemorar essa data, que marca muita luta e muita doação à música, o evento também contará com participações especiais de artistas que fazem parte dessa história.

A campanha vai até o dia 13 de Maio. Os apoiadores que contribuírem com valores a partir de R$50,00 recebem como recompensa dois ingressos para o show e ainda em versão promocional o CD ‘Ora, Veja Só’. Em “Ora Veja Só”, Fred Reis interpreta clássicos e canções da nova geração MPB com sonoridade contemporânea.

Fred Reis garante que para apoiar é bem fácil e seguro, basta cada um ajudar um pouquinho clicando AQUI

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Confira entrevista exclusiva do artista ao SeteLagoas.com.br:

Como surgiu o gosto pela música?

Desde criança eu sempre escutava músicas em casa, que hoje fazem parte de uma memória afetiva musical. Escutava muito Roberto Carlos, Marinho da Vila, Clara Nunes e outros, além de sempre escutar minha mãe cantando o repertório de Ângela Maria e de cantores dessa geração. Na adolescência, período em que normalmente a gente escuta bandas de rock e tal, eu escutei muito MPB, especialmente Elis Regina e Milton Nascimento, minhas maiores referências, além do Clube da Esquina, que tem uma influência enorme no meu trabalho musical. Mas o interesse maior pela música e pelo canto, surgiu tardiamente, já na faculdade (eu me formei em Matemática, pela UFMG, em 1997), nos encontros entre os colegas e amigos de curso, em que quase sempre aconteciam aquelas rodas de violão e a gente ficava ali, horas, cantando de Chico Buarque a Raul Seixas! Foi ali que eu descobri que gostava de cantar.

Qual dificuldade encontrou nesses dez anos de carreira?

O artista independente tem que vencer uma série de desafios. Além de ser o financiador de todos os projetos ou de boa parte deles, ainda tem que ser o produtor, muitas vezes o divulgador e etc. Mas a maior dificuldade é conseguir dar visibilidade ao trabalho. Sobretudo no meu caso, que sou essencialmente um intérprete, dedicado a MPB, são muitas as barreiras. Mas aos poucos o trabalho vai fluindo, vai ganhando corpo e vai se destacando. Acho que é uma dificuldade natural e trabalhando a gente consegue vencer.

Como foi em 2017 sua participação na Virada Cultural de Sete Lagoas com o lançamento do CD "Ora Veja Só"?

Foi extremamente gratificante. Já tínhamos feito o lançamento do CD no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e poder trazer para Sete Lagoas esse mesmo show, com a mesma banda, foi incrível, ainda mais fazendo parte da programação de uma tarde de música no Casarão ao lado de amigos e feras da cena musical da cidade: Bárbara Maria, Léo Guto e Rojan Gabriel. E além disso, por trabalhar em Sete Lagoas, sou professor do UNIFEMM, tenho uma relação muito boa com o público daqui, que sempre me recebe com muito carinho.

Como surgiu a ideia do projeto?

Estava programando minha agenda artística para esse ano, quando me dei conta de que em 2008 fiz meu primeiro show em teatro, no Teatro da Biblioteca Pública, na Praça da Liberdade. Já tinha feito várias participações, apresentações em bar, projetos da escola de canto, mas foi há dez anos atras que realizei esse primeiro show profissional, chamado "Por Toda a Minha Vida". Então, veio a vontade de fazer um show para comemorar tudo isso, afinal, são 10 anos de batalha na música, três cds lançados e um repertório de belas canções que fizeram parte dessa minha trajetória. Daí, surgiu a proposta do show "Década", que estamos programando para o dia 27 de maio, 19h, na Casa de Cultura, em Sete Lagoas. E para a gente conseguir viabilizar esse show partimos para um financiamento coletivo, como um presente de aniversário para esses dez anos de carreira.

Qual a importância do apoio das pessoas ao projeto?

É essencial, nesses tempos que vivemos cada vez mais os projetos têm sido realizados por meio de financiamento coletivo. É uma forma de viabilizar o trabalho dos artistas, a partir de pequenas contribuições dos amigos, do público que acompanha e gosta do trabalho. A campanha de financiamento coletivo do show Década é na modalidade "tudo ou nada", ou seja, se a meta não for atingida, todo o dinheiro captado é devolvido aos apoiadores e assim não conseguiremos realizar o show. Então, preciso muito do apoio de vocês, vocês que acompanham meu trabalho, vocês que querem ajudar a fomentar a cultura e a cena local e a fazer parte dessa história. É muito fácil e seguro participar do financiamento e não pesa no bolso. Você pode contribuir com qualquer quantia e contribuições a partir de R$50,00 você recebe como "recompensa" um par de ingressos para o show "Década" e, ainda, um cd promocional "Ora, Veja Só", meu último lançamento.

Como será pra você a realização desse sonho?

É realmente um sonho. Acho que eu não esperava completar dez anos de carreira, mas quanto mais se faz música, mais se quer fazer, risos. Então ter a oportunidade de compartilhar o palco com amigos que fizeram parte dessa história e nos apresentar para público que sempre me acompanha vai ser um momento muito importante na minha carreira. A gente espera conseguir bater a meta do financiamento coletivo e fazer um show lindo, para ficar na memória da gente e de quem for nos prestigiar.

Quais são os próximos planos para a carreira?

Esse ano tem um bocado de coisas sendo planejadas ou em execução na minha carreira: Estamos trabalhando um pouco mais a divulgação do CD novo nas rádios e postando quinzenalmente vídeos do lançamento do CD no meu canal do Youtube. Além desses vídeos, vamos lançar no fim desse semestre, ou no início do próximo, o meu primeiro vídeo-clipe, também comemorando os dez anos de carreira. Estou fazendo parte ainda da reestruturação da cena da música independente em Sete Lagoas, estamos preparando a volta do Coletivo Colcheia, e em outubro farei um show em Belo Horizonte, como parte do projeto Música Itinerante, em parceria com os grandes músicos e cantores, Sidarta Riani e Rojan Gabriel. E quero a partir de 2019 gravar músicas novas, inéditas, para ir soltando aí nas plataformas digitais!

Bárbara Nunes