Uma funerária localizada no bairro Nova Gameleira, região Oeste de Belo Horizonte, disse ter recebido 32 corpos entre a última quinta-feira (19) e domingo (22) com indicativos de  "insuficiência respiratória aguda, pneumonia crônica ou aspirativa", sintomas parecidos os da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. As vítimas têm faixa etária entre 49 e 90 anos. 

Funerária que teria recebido os corpos. Foto: Google street view

A empresa deve divulgar nota em breve.

Nesta manhã viralizou um boletim de ocorrência que relata que a Polícia Militar (PM) foi acionada na noite desse domingo (22), por meio de denúncia anônima, para a funerária.

Quando chegaram ao local, os policiais foram recebidos pelo gerente do estabelecimento, que alegou que desde sexta-feira (20) haviam sido recebidos 73 cadáveres, número considerado elevado para a rotina do estabelecimento. Desses, 23 estavam com diagnósticos sintomáticos relacionados à Covid-19.

O gerente teria dito que em 30 anos de profissão não se recordava de receber quantidade de corpos tão grande em um intervalo tão pequeno de tempo.

A Secretaria de Saúde disse que a situação é avaliada e acompanhada por órgãos competentes. "Vale ressaltar que não há, até o momento, nenhum caso confirmado de óbito por Covid-19 no estado de Minas Gerais. Tão logo as informações sejam apuradas adequadamente daremos os devidos esclarecimentos", destaca.

Minas Gerais possui 83 casos confirmados de coronavírus, conforme balanço divulgado na tarde deste domingo pela pasta. Outros 7.190 estão em investigação.

Corpos de várias cidades

No boletim de ocorrência registrado pela funerária, de várias cidades entre elas: Sete Lagoas, Matozinhos, Belo Horizonte, Contagem e Betim.

Informações já divulgadas pela Polícia Militar

Hoje (23) pela manhã a PM, através do Major Flávio Santiago, divulgou um áudio que está circulando as redes sociais e que informa que a polícia investiga o caso. No áudio o major desmente o caso que foi relatado no boletim de ocorrência que uma morte teria ocorrido no Hospital Militar.

Segundo o militar, o boletim de ocorrência é verdadeiro, mas se “trata de informações prestadas pelo denunciante”, ou seja, apenas uma das partes envolvidas. E que não pode ser “reproduz juízo de valor”.

Ainda na fala do major, a PM já “tomou providências e encaminhou o caso a polícia investigatória para que seja apurado”.

A Polícia Militar ainda divulgará nota oficial sobre o caso.

Da Redação com Itatiaia