SHREK, PROCURANDO NEMO, MADAGASCAR... e muitos outros foram sucessos recentes no cinema.  O que todos eles têm em comum são a evolução do desenho e a abrangência cada dia maior de público. Foi-se o tempo em que desenho era para a criançada e se resumia em Walt Disney. A sensação do momento chama-se DreamWorks e Pixar. Essa última revolucionou o cinema com o desenho TOY STORY em 1995 que foi o primeiro filme feito em computação gráfica na história.

Voltando ao MICKEY, PATO DONALD E CINDERELA, a Disney despediu nos anos 80 um dos maiores nomes da animação atual, John Lasseter. Isso tudo porque ele sugeriu na época, um desenho em computação gráfica que, para a companhia, significava muito dinheiro e pouco futuro. Hoje John é nada menos que o chefe da área na Disney, pois ela comprou do Steve Jobs (ele mesmo o dono da Apple), a Pixar em 2007 por uma fortuna. A Disney então voltou ao mercado e a ter as animações com direção de John.

Nada contra a Disney, pelo contrário, me lembro como se fosse hoje que um dos primeiros filmes que assisti no cinema e um dos marcantes na minha vida foi o maior sucesso da companhia, O Rei Leão (1994). Só acho que o tradicional deve sempre aliar a tecnologia. E antes tarde do que nunca! Acredito que os segredos das novas animações seja o tom ingênuo dos desenhos da Disney com a sátira nos roteiros, como em Kung-Fu Panda aos filmes de artes marciais. Além do mais, a qualidade da animação feita em estúdios super modernos e a dublagem com artistas famosos fecham os ingredientes da fórmula mágica.

A concorrência saudável apenas dá uma de fadinha para que a magia da animação fique ainda melhor. Depois que a Pixar lançou o Toy Story, veio a DreamWorks com as Formiguinhaz em 98. E assim por diante as duas formam a dupla poderosa e mais criativa do cinema americano. (Mesmo porque esses desenhos têm sido a melhor diversão dos últimos anos do cinema). O lançamento do Shrek em 2001 foi um sucesso da Dream e a continuação do filme rendeu a maior bilheteria da história de um desenho. Ah, não posso deixar de lembrar também da Blue Sky – produtora do fantástico A Era do Gelo.

A fórmula pode até parecer a mesma, no entanto Pixar e DreamWorks buscam perfis que fazem a diferença. A Dream investe mais em histórias com bichinhos enquanto a Pixar produz temas mais diversos que fogem do lugar comum, como Ratatouille e Wall-e. Independente da característica de cada um, o que vale mesmo é sentar com um balde de pipoca e se divertir com a melhor geração de animação do cinema.