“O quadro estava muito pior do que imaginávamos”, afirma prefeito
- Categoria: Cidades
Os primeiros 100 dias de governo foram marcados por medidas urgentes, segundo o prefeito de Sete Lagoas, Marcio Reinaldo. “Assim que assumimos percebemos que a situação era de emergência”, afirmou o prefeito.
Os cofres da prefeitura foram encontrados vazios e a cidade acumulava dívidas. O desafio tem sido organizar a situação.
Contudo, a prefeitura tem vivido uma situação paradoxal ao mesmo tempo em que necessita de novos recursos precisa também cumprir com suas obrigações fiscais e de pagamento para não ter a concessão de verbas barrada pelo Tribunal de Contas.
Organizar as contas não tem sido tarefa fácil, e os contadores da instituição têm, segundo o prefeito, que se desdobrar para cumprir os prazos. “O prazo de uma prestação de contas era no dia 9 de abril, última terça-feira, mas haviam me informado que era dia 15, tivemos que corrigir o erro.”
Uma das primeiras atitudes a serem tomadas pela prefeitura foi realizar e tentar normalizar o pagamento dos funcionários públicos e renegociar as dívidas. Mas o 13° salário, que representa uma dívida de R$ 5,230 mi, ainda não foram pagos, o que deve começar a ser feito nos próximos dois meses. Veja AQUI.
Outro débito contraído pela prefeitura é relativo a dívida previdenciária de R$ 90 milhões deixados pela Fundação Municipal de Saúde junto à Receita Federal , e outros R$ 12 milhões referentes aos agentes políticos. Ambas as dívidas foram renegociadas, o que segundo Marcio Reinaldo, era a sua meta para estes primeiros 100 dias.
Segundo o prefeito “Sem resolver esse problema, o município iria parar. Não conseguiríamos as certidões negativas necessárias para darmos andamento a projetos e para buscarmos recursos do governo estadual e federal.”
Ainda segundo o prefeito a Fundação Municipal de Saúde, não tem conseguido se auto-sustentar, e tem acumulado dívidas. "E para colocar um ponto final a essa questão, já estamos providenciando a extinção da Fundação”, completou o prefeito.
A Seltur é outra instituição que também corre o risco de ser extinta. Segundo Marcio Reinaldo, a prefeitura tem custeado o salário dos funcionários da autarquia, e como ela não pode se auto-sustentar a situação tem de ser revista.
Ainda estão previstas readaptações no primeiro escalão, secretários que não se adaptaram a filosofia da nova gestão não vão permanecer e cortes podem ser anunciados a qualquer momento.
Por Nayara Souza