Foi realizado na quarta-feira mais um debate entre os candidatos a prefeito de Sete Lagoas, tendo como palco o auditório do Centro Universitário UNIFEMM. O debate foi marcado pela ausência de Maroca (PSDB). O candidato tucano mandou o seu vice, Ronaldo João, para representá-lo, o que não foi aceito pelos demais participantes: Leone Maciel (PMDB), Emílio Vasconcelos (PSB) e João Batista (DEM). O reitor da universidade, Antônio Bahia, ficou satisfeito com o evento. Segundo ele, os candidatos se mostraram comprometidos com o documento “Agenda Mínima” composto de seis programas setoriais, cada qual com cinco pontos críticos identificados pela comunidade acadêmica nas áreas de gestão pública, saúde, educação, assistência social, desenvolvimento sustentável e segurança pública, que expressam o elenco dos principais desafios da próxima gestão municipal (2009 a 2012).
O ponto alto do debate foi o momento em que os candidatos fizeram perguntas um para o outro. Leone Maciel questionou João Batista sobre o que ele faria com os benefícios do Pró-Hosp caso fosse eleito. O candidato do DEM afirmou que iria investir no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), no setor de alta-complexidade a fim de atender os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Por sua vez, o atual prefeito afirmou que os recursos deste ano foram direcionados para a construção de 27 novos leitos no Hospital Municipal, o que melhorará consideravelmente o atendimento no local, evitando que pacientes sejam atendidos em macas espalhadas pelos corredores, como ocorre atualmente. Na sua tréplica, João Batista reprovou a medida. “Não são 27 novos leitos que vão resolver o problema da saúde de Sete Lagoas e região”, afirmou.
Emílio Vasconcelos foi questionado por João Batista sobre sua política para a segurança pública, já que o mesmo considera que segurança é dever do Estado. Emílio respondeu que o município pode colaborar desenvolvendo políticas sociais relacionadas a programas culturais e esportivos que envolvam principalmente o jovem e a família. Segundo ele, o projeto de escolas abertas no final de semana seria outra medida preventiva. Na réplica, João afirmou que parcerias são necessárias, mas é preciso considerar que a Polícia Militar não consegue arcar com os gastos de tais programas. Por sua vez, Emílio reforçou que a Prefeitura Municipal tem que priorizar o que é sua obrigação, como gerir o trânsito e evitar que militares sejam deslocados para fazê-lo, colaborando dessa forma para que seja colocado maior efetivo nas ruas.
Na última rodada de perguntas, Leone Maciel foi interpelado por Emílio Vasconcelos, que questionou se realmente é uma prioridade trazer água superficial para abastecer Sete Lagoas. O candidato do PMDB afirma que trazer água de rios é uma necessidade que existe desde 1969. Segundo Maciel, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Sete Lagoas, a ser instalada na comunidade de Areias, também é um projeto a ser colocado em prática posteriormente. Para Emílio, não há estudo que comprove tal necessidade. “Não foi feito estudo hidrogeológico para sabermos se é preciso buscar água superficial. É um endividamento desnecessário. Precisamos sim é tratar nosso esgoto e deixarmos de ser o maior poluidor do Rio das Velhas”, afirmou Vasconcelos. O atual prefeito rebateu. “Nosso solo apresenta acomodações. Estou pensando na segurança da população ao desativar os poços artesianos e buscar água superficial”, completou Leone.
Sete Dias – Celso Martinelli