Pedestres desafiam motoristas e andam no meio da rua em Sete Lagoas
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Calçadas, passeios; não importa como é chamado, pois independente do espaço para livre trânsito dos pedestres, uma das cenas mais comuns é ver as pessoas andando nas ruas, disputando o espaço com os carros, motos e bicicletas. O problema é típico em Sete Lagoas e vivenciado há anos pelos moradores da cidade, sejam eles pedestres ou motoristas.
“Eu sempre ando na rua”, assim inicia a conversa, Marina Campos Cordeiro, estudante de uma escola na região central da cidade. “Eu venho distraída e quando vejo já estou no meio da rua” afirma.
A distração, já rendeu Marina inúmeros sermões da mãe e também dos motoristas que buzinam, e muitas vezes até falam palavrões. Além disso, a estudante confessa que já chegou a quase ser atropelada.
Quem também se arrisca entre os carros, é Romildo Rido, que trabalha no setor imobiliário. Apressado ele confessa que sabe que a atitude é errada, mas que “graças a Deus nada nunca aconteceu, por que eu ando com muita atenção”, explica.
Não foi o caso de dona Aparecida Rezende, que até hoje têm no braço a marca do acidente que sofreu após ser atingida por um veículo no centro de Sete Lagoas. “O motorista brigou comigo e ele tinha razão, eu deveria estar no passeio, mas não fui atropelada e ainda tive que escutar ele me xingar”, confessa.
Mãe, filha e neta; três gerações e um só problemas as unem, andar fora da calçada. A mãe, dona Regina Castro, conta que inúmeros foram os sustos por conta dos carros estarem bem próximos dela. “Gente eu já perdi a conta de quantas vezes já buzinaram.
Com ela filha e neta também desfrutam do mesmo problema. Gabriela Castro (filha) e Roberta Castro (neta) estavam há metros da calçada olhando o outro lado da rua. Apesar de saber que está errada, Gabriela diz que a culpa de a maioria das pessoa andares nas ruas é porque as calçadas são muito estreitas, fato que expulsa os pedestres para as ruas.
Se de um lado tem uma população inteira que anda “fora a linha” e acha que está certa, de outro tem uma série de motorista como Antonio Ribeiro, que não escondem a preocupação e irritação em relação ao problema. “É um absuro isso! Se existe a calçada, as pessoas tem que andar nela para sua segurança. Agora além das motos e das bicicletas a gente ainda tem que disputar espaço com os pedestres” finaliza.
por Cintia Rezende