Com 678 votos recebidos na eleição municipal o empresário Max Tadeu não conseguiu ser eleito vereador em Sete Lagoas, mesmo assim ele garante que foi “o maior vencedor dessas eleições”. Isso porque para convencer os eleitores com suas propostas e projetos Max não precisou jogar nem um, isso mesmo, nem um santinho nas ruas. Foi uma campanha limpa como ele próprio afirma.

Imagem divulgação

“Eu não consegui, (jogar santinho na rua), porque vai de encontro a tudo que eu defendo e acredito com relação ao meio ambiente.” Explica Max que é um defensor das questões ambientais e organizador de vários eventos de responsabilidade social na cidade, como o dia mundial sem carro. Max ficou conhecido após divulgar sua propaganda eleitoral em lixeiras espalhadas por pontos estratégicos da cidade e levadas quando ia fazer divulgação. “Quando saía para fazer campanha levava as lixeiras e falava aos eleitores que quem não quisesse meu material poderia joga-lo na lixeira que estava bem ali”, diz. 

Além da simpatia de 678 eleitores Max conseguiu quebrar um paradigma de que campanha e sujeira andam juntas. O jingle produzido por ele foi enviado por e-mail e divulgado nas redes sociais. “Ninguém é obrigado a ouvir o que não quer, como esses carros de som, por isso decidi divulgar o jingle para quem quisesse ouvir”. 

A campanha de Max ficou conhecida não só em Sete Lagoas, mas em várias cidades do Estado de onde recebeu convites para falar sobre o projeto. Ao invés do lixo, destino final de grande parte do material das campanhas, as peças elaboradas pelo ex-candidato serão recicladas ou doadas. “As lixeiras doei para comerciantes da feirinha, os banners vão se transformar em bolsa pelas mãos da Adesa e os santinhos que entreguei de mão em mão são de papel reciclado e terão nova destinação”, finaliza.

Max teve um gasto aproximado de R$1,5 mil em material de campanha, valor irrisório quando se fala em eleição. Vários candidatos declararam gastos com publicidade 10 vezes superiores ao do empresário, fizeram muita sujeira e não chegaram a 600 votos, o que confirma que o eleitorado não está propenso a muita sujeira, e sim a boas propostas.  

Por Marcelo Paiva