Cansadas de esperar em casa pela água que não pinga da torneira há mais de 20 dias, um grupo de aproximadamente 30 senhoras e adolescentes pediu providências em um protesto na porta da prefeitura. Batendo em latas de tinta e gritando palavras de ordem para chamar a atenção, o grupo despertou a curiosidade de quem passou na Praça Barão do Rio Branco na tarde desta segunda-feira, 02.

Cansados de esperar, moradores protestaram na porta da prefeitura / Foto: Marcelo Paiva

Participaram da manifestação moradoras dos bairros Manoa, JK, São Francisco, Planalto, Alvorada e Portal da Serra. Uma das mais indignadas era Valdete Aparecida de Freitas. Hipertensa, a moradora do bairro JK diz que está há 22 dias sem água em casa e que a situação está fora de controle. “Não tem condição isso, quero a água que pago todos os meses”, bradou.

Um pouco mais calma, a moradora do Alvorada, Luci Alves, afirma que onde mora “pinga” um pouco de água da torneira, mas a pressão não é suficiente para encher a caixa. “Tenho que encher as vasilhas com a água que cai da torneira porque não chega até a caixa d’água. Está muito difícil”, reclama.

Em reunião, diretor do SAAE disse que não tem previsão para água voltar a chegar nas casas / Foto: Marcelo Paiva

Uma comissão da prefeitura encabeçada pelo presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto, Marcos Joaquim Matoso, recebeu representantes dos moradores para uma reunião no gabinete do prefeito Marcio Reinaldo que estava em compromisso fora da cidade. A autarquia reconhece o problema, mas admite que não tem prazo para a resolver a questão. A estiagem é uma das justificadas apresentadas para a falta de água que acontece em vários bairros de todas as regiões da cidade.

O diretor operacional do SAAE, Chêiviston Menezes, para o descontentamento dos moradores afirmou que “estamos passando por um momento difícil, mas todos estão empenhados em resolver o problema. Não posso dar uma previsão, não consigo falar em prazo para resolver”. Justificou o diretor que disse ainda que “no período de estiagem o consumo aumenta e os mananciais não conseguem produzir o suficiente para a demanda”.

A Polícia Militar, PM, foi chamada e acompanhou todo o protesto que não registrou nenhuma ocorrência.

Por Marcelo Paiva