Neste domingo (6), a Polícia Federal desmontou uma quadrilha que fraudava informações sobre o Enem em Montes Claros, Norte de Minas. O esquema era passado para candidatos em diversas cidades do Brasil. Nas redes sociais, uma estudante de Sete Lagoas foi citada como participante da fraude.

Foto: Angela Chagas / Rádio Gaúcha

De acordo com a reportagem exibida pelo Fantástico nesse domingo (6), candidatos das cidades mineiras Montes Claros, Belo Horizonte, Capelinha e Sete Lagoas e de duas cidades do nordeste, Vitória da Conquista (BA) e Caucaia (CE), participaram do esquema.

A investigação da PF mostrou que as respostas das questões eram passadas através de aparelho, como um chip, e um ponto eletrônico fixado no corpo do candidato (clique aqui e assista).

Enquanto a reportagem era transmitida no programa de TV, circulava nas redes sociais o suposto nome de uma menor de idade, moradora de Sete Lagoas, que teria participado da fraude. Segundo Rafael Silva Oliveira, advogado da jovem, ela fazia a prova em uma escola na região central da cidade e foi convidada a se retirar da sala para passar por nova revista, quando nada foi constatado.

“A PF rastreou, em algumas escolas, alguns celulares que recebiam ligações no momento da prova e convidou estas pessoas a se retirarem da sala para serem revistados e averiguados. A minha cliente, como também algumas outras pessoas, por terem deixado o celular apenas no silencioso, foram suspeitas de estarem cometendo a fraude”, explica Rafael Silva Oliveira.

Ainda de acordo com o advogado, no momento da revista, a estudante não se sentiu bem, devido a uma queda momentânea de pressão, e precisou de atendimento médico no local, impossibilitando-a de continuar a prova.

Para ele, os boatos sobre a prisão da jovem surgiram pelo fato dela ser uma pessoa bastante conhecida na cidade. A família já acionou a polícia para punir os responsáveis por divulgarem o perfil da menor nas redes sociais.

Atualização:  
A Polícia Federal informou por meio de nota que as operações deflagradas no domingo (6) são reflexo da ação conjunta com o Inep para garantir a segurança e a lisura do certame. Os casos identificados, que estão sob investigação, delimitarão a responsabilidade dos envolvidos.

Da Redação