O que era pra servir de passeio para que as pessoas não disputassem espaço na rua com os carros, se tornou um lixão a céu aberto no bairro Progresso. A falta de fiscalização da secretaria municipal de Meio Ambiente aliada a uma enorme falta de educação dos moradores e proprietários de lotes vagos na rua Dr. Alencar Bento Cunha fez do local um depósito de vários tipos de lixo.

Atearam fogo em colchão que estava jogado no local / Foto: Marcelo Paiva

Moradores da região estão indignados com a situação e com a falta de cooperação dos vizinhos que depositam de restos de comida a colchões velhos no espaço. Uma moradora que não quis se identificar disse que “é um absurdo porque o local se transforma em ambiente de proliferação de animais que podem transmitir doenças”, reclama. Na manhã desta quarta-feira (15) alguém ateou fogo num colchão que estava no lugar, aumentado o risco até de um incêndio, para os moradores da rua.   

A Secretaria municipal de Meio Ambiente admite que a fiscalização é precária e que a autuação só pode ser feita com um flagrante. “Hoje estamos apenas com três fiscais, no setor de lotes vagos para a cidade inteira, então é difícil coibir a ação de quem suja os lotes”, se defende Mayra Oliveira do setor de limpezas urbanas da secretaria. 

Sem fiscalização e sem educação de moradores, rua Dr. Alencar Bento Cunha, se transformou em lixão / Foto: Marcelo Paiva

Com a dificuldade na fiscalização a secretaria conta com a colaboração da população para fiscalizar e denunciar os sujões. “Muitas vezes as pessoas se sentem intimidadas em denunciar, mas essa ajuda é importante”, completa Mayra. 

A falta de educação de quem suja a rua pode ser comprovada na foto de um ano atrás e do mesmo local esta semana. Diante da comparação fica a certeza de que mesmo com um efetivo completo de fiscais sem a participação e, principalmente, educação da comunidade fica difícil a manutenção da cidade limpa.


Mesmo local exatamente um ano atrás / Foto: Google Street View

Por Marcelo Paiva