Segurando uma garrafa transparente que armazenava uma água barrenta, Milton Martins fez duras críticas ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto, SAAE, durante a reunião parlamentar da última terça-feira, 12. De acordo com o vereador, a água suja estaria chegando às torneiras de várias casas da região do bairro Universitário.

“As crianças estão com diarreia. É possível lavar roupa com essa água? Será que é tratada? Como se usa essa água”? Questionou o vereador que cobrou uma “resposta contundente” do SAAE porque, segundo Milton, está sendo muito cobrado por moradores da região por causa da água que é distribuída pela autarquia.

Vereador Milton Martins mostra água barrenta que chega até as casas do universitário / foto: Divulgação

Moradora do bairro e mãe de duas crianças, Andreia Santiago, relatou que a água da casa onde mora não oferece condições de uso há mais de um mês. “Preciso ir até a casa da minha mãe pra conseguir lavar as roupas, pois na ultima vez que tentei usar minha água, perdi toalhas e roupas de cama que nem havia terminado de pagar. Quanto ao banho dos meus filhos e o alimento que preciso preparar, estou tendo que usar água mineral”, conta.

Ainda durante a reunião, o vereador Douglas Melo informou que já apresentou alguns requerimentos ao SAAE com pedidos de explicações sobre algumas situações, mas ainda não foi respondido. “Há mais de um mês encaminhei requerimentos ao SAAE, mas até hoje não fui respondido”, resignou.

Apesar de coloração escura, Saae garante que água é tratada / foto: Divulgação

Outro parlamentar que usou a comunicação pessoal para criticar o executivo foi Marcelo da Cooperseltta. De acordo com Marcelo funcionários da Saúde não estão recebendo o vale alimentação que foi aprovado por lei na Câmara. “Pessoas me disseram que não estão recebendo. Se a lei não funciona que cancelem, as pessoas olham para gente com decepção por causa disso”, lamentou.

Sobre a reclamação referente à coloração da água, o SAAE informou que nessa quarta-feira, 13, executou manutenção no sistema que abastece a região e que até se estabilizar um novo poço que foi perfurado no local a água pode apresentar uma coloração inadequada. “Vamos abrir um ponto na rede e deixar a água vazar até atingir a coloração ideal. Apesar de turva, a água é tratada”, explica o gerente operacional da autarquia, Tiago Silva Oliveira.

Entramos em contato com a assessoria da secretaria de Saúde, mas até o fechamento desta reportagem não recebemos nenhum posicionamento sobre as denúncias de Cooperseltta.


Por Marcelo Paiva