Na Câmara, presidente explica água suja e promete terceirizar manutenção de esgoto do SAAE
A terceirização do serviço de manutenção da rede de esgoto de Sete Lagoas é, segundo o presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto, SAAE, Marcos Joaquim Matoso, a solução definitiva para “o péssimo serviço prestado por alguns servidores”. A licitação que vai contratar empresa especializada no serviço será aberta ainda em dezembro e o resultado será conhecido no início do próximo ano.
A novidade foi antecipada pelo presidente da autarquia durante a reunião parlamentar da terça-feira, 10, na Câmara Municipal. Matoso ocupou a tribuna para prestar esclarecimentos depois de, mais uma vez, ser chamado pelos vereadores. Assuntos como falta e distribuição de água imprópria para o consumo também estiveram na pauta.
Depois de Milton Martins, foi a vez do vereador Douglas Melo mostrar ao presidente do SAAE uma garrafa com água escura que estaria sendo distribuída para as casas da Rua Dálias no bairro Montreal. “Essa é a água que está chegando às casas do Montreal. É limpa, pode ser usada para lavar alimentos”? Questionou Douglas Melo.
Em resposta, Matoso disse que um caso parecido estava acontecendo em outro lugar da cidade, mas que o problema de contaminação foi dentro da casa do morador. Sem afirmar que o problema seria o mesmo, o presidente garantiu que vai apurar mais este caso.
Questionado sobre inúmeros problemas que estão sendo registrados em esgotos que estão voltando em várias regiões da cidade, Matoso assumiu que o atual serviço prestado pelo SAAE não é bom e que não vê outra saída a não ser a terceirização. “A população não tem mais paciência com o péssimo serviço prestado por alguns servidores. Não tem outra alternativa a não ser abrir a licitação. O serviço será padrão e teremos como cobrar a empresa. É a solução, a meu ver, definitiva para isso aí (problema de manutenção)”.
Para finalizar Matoso rechaçou qualquer possibilidade de os atuais servidores que desempenham a tarefa ficarem ociosos com a chegada de uma empresa especializada. “Para quem quer trabalhar não vai faltar serviço. Se tivessem dando conta do trabalho não teria acontecido isso aí”, finaliza.
Por Marcelo Paiva