O presidente do sindicato de saneamento de água e esgoto de Minas Gerais, Sindágua, Wagner Xavier, esteve presente na reunião ordinária da Câmara dos vereadores para questionar o processo licitatório nº 609/2013 que propõe a contratação de “Empresa de Engenharia para implantação de serviços de manutenção, melhorias e crescimento vegetativo de esgoto em ligações prediais e em redes coletoras e interceptoras de esgoto e manutenção e melhorias e crescimento vegetativo em redes e ligações de água, leitura de hidrômetros e emissão de consumo, sob a responsabilidade gerencial do SAAE”, publicado no diário eletrônico municipal em 26 de novembro.

Segundo Wagner Xavier a licitação “diz respeito a todos os serviços do SAAE” e muitos servidores poderão perder seus postos de trabalho se outra empresa assumir essas funções. A reação de Xavier diz respeito a afirmação do presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto, SAAE Joaquim Matoso, que afirmou na reunião da câmara da última semana, terça-feira, 11, que a licitação é a solução para “o péssimo serviço prestado por alguns servidores”.

Wagner Xavier, presidente Sindágua / Foto: Divulgação Câmara

Para Xavier é necessário um estudo que comprove que as falhas no SAAE se devem a “ineficiência administrativa". “Queremos discutir a transparência dessa licitação”, ressalta Xavier que destaca que a mesma envolve o montante de 500 mil reais por mês e será realizada no dia 27 de dezembro durante o recesso da Câmara.

“Em 25 dias trocaremos toda a equipe dessa cidade por pessoas que não vão ter estabilidade no trabalho, com contrato temporário e terão acesso as nossas casas, é uma questão de segurança”, explica Xavier.

Os vereadores defenderam a suspensão da licitação e pediram novamente a presença do presidente do SAAE, Joaquim Matoso, na Câmara para explicações sobre as licitações. O vereador Pastor Alcides levantou a questão “por que não usar a verba da licitação para qualificar os funcionários do SAAE?”.

Segundo a assessoria de comunicação da autarquia “o SAAE ainda não foi oficialmente informado sobre as demandas da Câmara Municipal e do sindicato. Existe sim, ainda em elaboração, o Plano de Demissão Voluntária (PDV). O PDV é destinado a atender situações especiais e dar oportunidades àqueles, não vocacionados para o serviço público, de buscarem outra atividade de subsistência”.


Por Nayara Souza.