O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está sendo afetado pela greve dos servidores técnico administrativos da instituição. O número de cirurgias programadas foram reduzidas pela metade e o agendamento de exames também, principalmente de cardiologia e endoscopia.

Os trabalhadores há mais de 20 dias estão em paralização, com isso as internações também diminuíram 20%. Já os atendimentos de urgência e emergência, unidade coronariana, maternidade, do Centro de Terapia Intensiva (CTI) e pronto-socorro continuam funcionando normalmente, por meio do remanejamento de funcionários.

Hospital das Clínicas / Foto: João Godinho

A assessoria do hospital informou que cerca de 400 servidores aderiram à greve, o que representa 25% do total. O índice, no entanto, varia entre 20% e 30%, conforme o dia. A unidade de saúde não divulgou números absolutos. “Para os pacientes já internados antes da greve não houve nenhuma mudança, e a assistência continua normal. A nossa meta é diminuir gradativamente de 10% a 30% o número de leitos de internação para novos pacientes”, explicou a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino (Sindifes), Marina Evangelista.

A coordenadora ainda mencionou que os novos casos são encaminhados à diretoria do hospital e avaliados pelo comando de greve. “Tentamos garantir o máximo possível de atendimento”.

A categoria reivindica condições de trabalho, valorização da carreira, o fim dos cortes de orçamento na área da saúde, dentre outras melhorias. De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o governo elabora a contraproposta, que será apresentada até o final deste mês.


Com O Tempo