Com 11 votos a favor e dois contrários foi aprovado em primeiro turno, na reunião desta terça-feira (04), na Câmara, projeto de autoria de Marcelo da Cooperseltta (PMN), que altera regras para o transporte escolar.

Na proposta apresentada, os veículos que fazem o transporte escolar na cidade podem circular até completarem 20 anos de fabricação, no texto original o prazo se encerra com 15 anos. Outra mudança é com relação ao tamanho do veículo que vai até 11 metros e 50 lugares, originalmente era de dez metros e 36 lugares.

Legenda: Euro Andrade justifica posição contrária à proposta de Cooperseltta / Foto: Marcelo Paiva

Filiados ao Sindicato dos Transportadores de Sete Lagoas, Sintesete, que assistiram a reunião, ficaram aliviados com a votação. Um dos que votou contra, Euro Andrade, PP, justificou sua posição afirmando que “15 anos de uso está muito bom. Quem garante que um veículo com 20 anos de fabricação não vai quebrar uma barra de direção”, ponderou. O outro voto contrário foi do vereador Dalton Andrade (PT).

Reginaldo Tristeza (PSOL) foi a favor das alterações no texto. Para Tristeza que já foi motorista de caminhão, um veículo fabricado até em 1950 pode fazer o transporte. “Estando com a manutenção em dia não tem problema nenhum. Pode ser até de 1950”, justificou.

Autor das alterações, Marcelo Cooperseltta (PMN) justificou a proposta alegando que os motoristas não têm condições de comprarem veículos novos diante das dificuldades do trabalho. “Eles precisam negociar diretamente com os pais e muitos pagam o transporte escolar no aperto. O Inmetro faz uma inspeção semestral rigorosa nos veículos, o que garante a segurança. Em Belo Horizonte os veículos podem rodar até 18 anos, não justifica Sete Lagoas não poder com 15”, argumentou. Com a aprovação a proposta segue tramitando na Casa antes de ser votada em segundo turno pelos vereadores.

por Marcelo Paiva