A tecnologia auxilia no cuidado dos recém-nascidos de muitas maneiras: de carrinhos de bebê elétricos que ajudam a aguentar o peso dos pequenos nas subidas, passando por mamadeiras que aquecem líquidos a 37ºC e dispositivos de LED que ajudam crianças que têm medo de escuro, os dispositivos eletrônicos já fazem parte da vida dos bebês desde o primeiro momento de vida.

Fonte: Unsplash.com

Em Belo Horizonte, a tecnologia está ajudando no cuidado dos bebês assim que eles chegam ao mundo: o Hospital da Polícia Militar está fazendo uso da biometria para registrar os bebês nascidos na unidade e assim evitar uma possível troca de crianças. O caso de trocas de bebês ainda na maternidade não é incomum. O último ocorrido que ganhou notoriedade aconteceu em agosto deste ano em Hutrin, Goiás: após um exame de DNA, um casal descobriu que estava há 18 dias com um bebê que não era o seu.

Como os bebês tem dedos muito pequenos para a captura de impressões digitais, um novo sistema foi desenvolvido pela empresa Griaule para realizar a leitura da palma da mão dos pequenos. Uma vez feita a captura de dados, toda a informação é enviada para a declaração dos nascidos vivos para então proceder com a certidão de nascimento da criança.

Ainda na sala de parto, o registro das mãos do bebê é vinculado à mãe ou a outro responsável pela criança e nenhum recém-nascido pode ser levado da maternidade sem esse tipo de reconhecimento. A medida segue a portaria de 2018 do Ministério da Saúde que obriga hospitais e maternidades a registrarem todos os bebês através da biometria, mas o número de instituições participantes ainda é baixo.

O registro através da biometria também pode ajudar nos casos de abandono de recém-nascidos nas maternidades, já que muitos deles poderiam ser encaminhados para adoção. Só no ano 2007, aproximadamente 7 mil crianças se encontravam nessa situação, segundo o Cadastro Nacional de Adoção. Com a biometria será possível saber o nome da mãe ou do responsável pelo bebê em questão de minutos.

O que é biometria

A biometria é uma maneira de medir as características físicas de uma pessoa para verificar sua identidade. Isso pode incluir traços fisiológicos, como impressões digitais e olhos, ou características comportamentais, como a maneira única de concluir um quebra-cabeça de autenticação de segurança. Para serem úteis, os dados biométricos devem ser únicos, permanentes e colecionáveis. Uma vez medidas, as informações são comparadas e correspondidas em um banco de dados.

Sempre que você desbloquea a tela do seu smartphone com reconhecimento facial ou quando pede à Siri uma atualização climática ou realiza um login na sua conta bancária online usando sua impressão digital, você está a usando biometria. Essa tecnologia é usada todos os dias para autenticar sua identidade ou se comunicar com um dispositivo pessoal, mas existem muitos outros usos para ela.

Por exemplo, a polícia pode coletar DNA e impressões digitais em cenas de crime ou usar videovigilância para analisar o caminhar ou a voz de um suspeito. Na medicina, além da identificação de bebês, a biometria pode ajudar em exames genéticos ou scans da retina.

Da Redação