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Álvaro Vilaça

Coluna / Tempo Esportivo / Novos tempos

Depois de longo período à frente da Instituição, Luiz Gonzaga Nunes, o Prexetes, não é mais o presidente da Liga Eclética Desportiva de Sete Lagoas. Em eleição realizada na sexta-feira da semana passada, a chapa encabeçada por Leia Dias derrotou a chapa de José Evaristo Leite, o Caxetão, por 5 votos a 3. Com isso, Leia, Hudson Maciel (diretor do Bazar Esporte) e os demais membros ficarão no comando da Liga pelos próximos quatro anos e terão pela frente a árdua missão de resgatar e reorganizar o decadente futebol amador da cidade.

Segundo Leia Dias, um dos objetivos da Liga, a partir de agora, é buscar parcerias com o Poder Público e empresas privadas, para viabilizar a realização de vários campeonatos.

A definição de um calendário esportivo único para Sete Lagoas e região e a filiação de dezenas de clubes do futebol amador da cidade são outros “gargalos” que funcionam como uma espécie de entrave para que as coisas avancem e retomem o crescimento desejado.

De fato, Sete Lagoas vive um de seus piores momentos da história no que tange às questões esportivas. O tradicional campeonato regional de amadores foi extinto, o torneio municipal de 2014 ainda não foi encerrado (Copa Sete Lagoas) e diversas competições de categorias de base, como a Copa do Futuro, também, inexplicavelmente, foram abolidas do calendário local.

De acordo com o novo Secretário Municipal de Esportes, Magela Martins, a Liga será parceira nos projetos futuros da Liga e dentre os principais pontos a serem tratados, destacam-se os seguintes: Retornos da Copa Zé Belarmino, Copa do Futuro, Campeonato Regional de Futebol Amador e possivelmente, já para 2015, a criação dos Jogos Estudantis de Sete Lagoas, um sonho antigo da população, que permanece parado há vários anos.

Ginásio Coberto / Foto: Nayara SouzaGinásio Coberto / Foto: Nayara Souza

Às vésperas dos Jogos Olímpicos no Brasil, também não se pode deixar de lado os eventos do esporte especializado, sobretudo agora que Sete Lagoas dispõe de várias praças esportivas, como o Ginásio da Unifemm, o Ginásio do Bairro Aeroporto, além do antigo Ginásio da Feirinha e da própria Arena do Jacaré. Ao que tudo indica, apesar de todas as dificuldades econômicas vividas pelo País, 2015 se apresenta como o ano de reconstrução e de reestruturação do esporte de Sete Lagoas.

Sem pressa

De uma forma geral, é consenso que o momento vivido pelo Atlético é o melhor de sua história de quase 107 anos, em termos de títulos, organização financeira e administrativa e valorização da marca, dentre outros. Um dos responsáveis por comandar as negociações no clube alvinegro é o diretor de futebol, Eduardo Maluf. O dirigente revelou os detalhes da negociação do atacante Diego Tardelli com o Shandong Lunneng, da China, e deu sua opinião sobre a realidade do futebol brasileiro, na qual jogadores estão optando cada vez mais por se transferir para mercados emergentes do futebol mundial, em detrimento a centros já tradicionais, como a Europa, que também anda vivendo seus problemas financeiros.

Segundo Maluf, essas propostas que os jogadores têm, para ir para um futebol desses, como no caso do chinês, é uma coisa como se o atleta demorasse aqui no Brasil, cerca de 10, oito anos para ganhar. Lá, um contrato de três anos é suficiente para atingir esses números, em comparação com o mercado brasileiro. Por isso seria impossível tentar manter o Tardelli no Atlético em 2015.

Sobre possíveis novos reforços, Maluf deixou claro que não há pressa e que somente algo muito bom para o clube poderá fazer com que outros grandes jogadores sejam contratados. Seriam os chamados negócios de ocasião, alguma oportunidade especial do mercado.

Após sofrer com as dificuldades financeiras em 2014, o Atlético vai passar por um período de equilíbrio financeiro, com as contas e salários em dia, o que faz com que a diretoria e o próprio presidente analisem com bastante prudência a possibilidade de novos investimentos significativos no clube.

A hora e a vez dos estrangeiros

Um time todo mudado e cheio de jogadores com características bem diferentes daqueles que fizeram parte da temporada vitoriosa em 2014. Esse é o Cruzeiro de 2015, que aposta em uma legião de gringos para manter o nível do futebol apresentado nas duas últimas temporadas. Cinco atletas estrangeiros (Eugenio Mena, Felipe Seymour, Giorgian De Arrascaeta, Duvier Riascos e Joel) foram contratados no início deste ano e têm a incumbência de manter o bicampeão nacional no topo. Esta situação, porém, tem se mostrado arriscada em terras brasileiras. Os clubes que mais tinham imigrantes em seus elencos se deram mal em 2014.

O Palmeiras foi o time com mais jogadores de fora do país no ano passado. A equipe que se safou do terceiro rebaixamento à Série B na rodada final contava com sete nomes do exterior no plantel: Tobio, Allione, Mouche, Cristaldo (todos da Argentina); Victorino e Eguren (Uruguai); Mendieta (Paraguai) e Valdivia (Chile). Quem também se deu mal no Palmeiras foi o técnico Ricardo Gareca, ex-Vélez Sarsfield. Em 13 partidas, ele obteve quatro vitórias, um empate e oito derrotas, o que lhe conferiu um aproveitamento de 33% e demissão precoce.

O segundo clube com mais estrangeiros em seu plantel no ano anterior foi o Grêmio, sétimo colocado da edição passada do Campeonato Brasileiro. A equipe comandada por Luiz Felipe Scolari contava com cinco gringos para buscar a sua classificação à Taça Libertadores da América, mas não obteve sucesso. Os atletas do exterior eram Riveros (Paraguai), Maxi Rodríguez (Uruguai), Alan Ruiz, Canavésio e Hernán Barcos (todos da Argentina).

Rebaixado à Série B, o Botafogo ocupava a terceira colocação em relação ao número de estrangeiros. Eram eles, os argentinos Mário Bolatti e Ferrera e o paraguaio Pablo Zeballos. 

O Cruzeiro, vencedor do Brasileirão de 2014 contou apenas com o boliviano Marcelo Moreno e o paraguaio Miguel Samudio.

No futebol brasileiro, apostar em gringos não tem sido sinônimo de sucesso. O técnico Marcelo Oliveira, portanto, terá que trabalhar bastante para que os novos reforços do clube falem a mesma língua que ele e mantenham o bicampeão nacional em alta.

Pela estrutura e com parte do elenco de 2014 mantido, é possível que o Cruzeiro reverta esse histórico e siga no caminho de grandes conquistas e ótimas campanhas em 2015.



Álvaro Vilaça é formado em Comunicação Social e Marketing, apresentador de TV, narrador e repórter esportivo da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, Diretor de Programação e Coordenador de Esportes da Rádio Eldorado e do Jornal Hoje Cidade. Também é o responsável pela coluna de Esportes do Jornal Notícia e é professor de Negociação, Compras e Marketing das Faculdades Promove de Sete Lagoas. Pós-Graduado em Administração e Marketing.


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